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Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações - MNCTI
“Educação é a força motriz que leva o museu adiante”, afirma diretora do Mast
Em mais um dia do Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, esta quarta-feira (7) foi dedicada à programação do Museu de Astronomia e Ciências Afins, o Mast. A Diretora do museu, Anelise Pacheco, concedeu entrevista ao YouTube youtube.com/mctic do ministério e falou sobre desafios da instituição, como aliar a educação ao conteúdo científico e atrair crianças e jovens.
Segundo Anelise, a associação de museus a coisas velhas é um paradigma que já foi superado. Hoje, essas instituições estão ligadas à ousadia e criatividade. “Desde a década de 80, no mundo todo e no Brasil, isso já avançou muito. O paradigma dos museus hoje é de coisas ousadas, criativas e atraentes. Se no século 19, o museu era um objeto de elite, hoje mais do que nunca é um objeto do povo. No Mast, nós temos a classe C, D e E como as principais frequentadoras, não a classe A e B”, afirma.
A diretora também falou sobre a importância de aliar a educação ao trabalho do museu e estabelecer pontes com crianças e jovens. “Se no passado a educação era vista como acessória ao museu, a educação hoje é vista como a força motriz que leva o museu adiante. O Mast fez desde 2019 um convênio com a Secretaria Municipal de Educação do RJ. Nós conseguimos ônibus para buscar as crianças, conseguimos pegar crianças desde o bairro mais longínquo até São Cristóvão, o mais próximo do museu. Com isso, estamos formando um público essencial pro Mast, um público que eventualmente vai participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia, da Olimpíada Brasileira de Matemática”, coloca.
Anelise também falou sobre o museu ter uma função na sociedade, ser inclusivo. “Nós temos todo um trabalho de preparo para os professores levarem os estudantes ao MAST, não chegarem lá e se depararem com um conteúdo com que não tenham familiaridade. Há também bolsistas do programa PCI que auxiliam nas visitas como facilitadores para os professores. Fora isso, o Mast também busca atuar com acessibilidade. Isso é uma coisa importante e que passava despercebida no Brasil. Temos trabalho com surdos, deficientes visuais, estamos desenvolvendo uma série de trabalhos nesse sentido”.
Outros pontos da entrevista foram a necessidade atual de capturar as pessoas por meio de experiências, como emocionar os visitantes mesmo lidando com temas científicos e os projetos futuros do Museu, como a exposição sobre o Almirante Álvaro Alberto no ano que vem.