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Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações - MNCTI
Inpa é um museu vivo e faz parte da história da Amazônia, afirma diretora da unidade de pesquisa
Dentro da programação do Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações (MNCTI) no canal do ministério do YouTube www.youtube.com/mctic, esta quinta-feira (29) foi dedicada ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). Em entrevista especial, a diretora da unidade de pesquisa, Antônia Maria Ramos Franco Pereira, falou sobre paixão à ciência, importância da iniciação científica para os jovens e as pesquisas desenvolvidas pelo Inpa na região Amazônica.
De acordo com a diretora, o trabalho de pesquisador é desafiador e requer paixão e dedicação. Ela também falou do aumento do espaço da mulher nos espaços científicos e o desafio de conciliar outros papéis com a ciência. A respeito dos programas de pós-graduação do Inpa e iniciação científica, a diretora frisou que boa parte dos talentos formados são aproveitados na região Norte.
“O Inpa vem incentivando a iniciação científica, pós-graduação e estudantes de pós-doutorado. Tudo isso é uma forma de trazer os alunos para dentro de uma instituição de pesquisa e, dessa forma, repassar nosso conhecimento e estimular a termos novos talentos, que podem ou não ficar no Inpa. Pelo menos 70% dos alunos que vão pra pós-graduação nos nossos 9 cursos são absorvidos na Região Norte”.
Antônia também destacou a mistura dos conhecimentos populares das populações tradicionais e ribeirinhas com o conhecimento científico para aproveitar os recursos da Amazônia de maneira sustentável. “O conhecimento dessa biodiversidade amazônica, conhecimentos tradicionais e da flora, é de extrema importância para os estudos voltados a isolamento, obtenção de substâncias, extratos, princípios ativos que possam ser sintetizados em empresas e dessa forma ser usados no tratamento de doenças entre outras possibilidades”.
A diretora também listou o alcance dos estudos da instituição nas áreas de biodiversidade, estudos climáticos, uso da terra, empreendedorismo, doenças tropicais, com mais de 70 pedidos de patentes. A instituição também conta com um acervo contendo mais de 57 mil amostras biológicas. “Nossa história é muito linda. Mesmo as nossas coleções zoológicas ou microbiológicas fazem parte dessa história, não só os acervos bibliográficos. O Inpa é um museu vivo e faz parte da história da Amazônia”.