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MÊS NACIONAL DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÕES - MNCTI
Falta atenção especial à expertise vocacional da população do Semiárido, afirma diretora do Insa/MCTI
Em entrevista à programação do Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações, a diretora do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), unidade de pesquisa do MCTI, Mônica Tejo, falou sobre as linhas de pesquisa da instituição para o desenvolvimento da região e o desafio de atender 10 estados e mais de mil cidades. Toda a programação do canal do ministério no Youtube www.youtube.com/ascommcti nesta terça-feira (27) foi dedicada a palestras e oficinas conduzidas pelo Insa.
De acordo com a diretora, um dos maiores desafios do Insa é estar presente e ter capilaridade para atender uma área composta por 10 Estados, além de gerar soluções focadas nos problemas da população.
“Se fazer presente como o Insa é um desafio tremendo, uma vez que o instituto precisa ter ações pautadas nos 10 estados que compõem o semiárido e os 1.262 municípios na região. Além disso a gente tem o desafio maior de ver que as pesquisas hoje precisam estar pautadas em problemas reais da nossa sociedade ou oportunidades geradas a partir delas”, disse.
Entre os projetos desenvolvidos pelo Insa estão pesquisas com plantas da região, como cactáceas e a palma, trabalhos sobre produção vegetal e pecuária no semiárido, um banco de extratos vegetais, estudos sobre desertificação, recursos hídricos, solo e mineração. Segundo Mônica, é preciso interação entre empresas e institutos de pesquisa.
“Um dos maiores gargalos que eu acredito é a falta de interação entre os atores do ecossistema. Se a gente não conversa, a gente começa a fazer ações que são sombreadas. Eu faço uma ação e outro pode estar fazendo a mesma ação e a gente vai perdendo tempo. Falta engajamento maior entre os atores do ecossistema para que a gente possa trabalhar em conjunto e ter uma potencialização desses resultados para o nosso público maior, a sociedade”.
A diretora do Insa acredita na capacidade da população do semiárido em resolver problemas e destacou que o papel das instituições de pesquisa é transferir ferramentas tecnológicas para esse público.
“A população do semiárido tem um excepcional poder de saber fazer. Eles têm solução para os problemas do dia a dia. O que falta é uma atenção especial para essa expertise vocacional e talvez um olhar especial para que a gente possa transferir ferramentas tecnológicas e treinar tecnologicamente esse público e, com isso ,transformar o ambiente e ações para que as pessoas tenham melhoria na qualidade de vida e consigam desenvolver a região. Quando a gente acredita nas pessoas, consegue identificar o super herói dentro delas, a gente consegue cada vez mais potencializar os resultados”, afirma.