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MÊS NACIONAL DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÕES - MNCTI
Cnen faz 64 anos, apresenta atribuições de pesquisa e fiscalização na área nuclear
Em mais um dia do Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações (MNCTI), este sábado (10) foi dedicado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A entidade completa na data 64 anos de atuação em pesquisa, desenvolvimento, regulação e fiscalização dos produtos nucleares no país e promoveu um dia de palestras, workshops e entrevistas no canal do ministério no Youtube: www.youtube.com/ascommcti.
No primeiro painel do dia, foram convidados os diretores Madison Almeida e Ricardo Fraga Gutteres para expor um quadro geral da história e atuação da CNEN. Madison apresentou a história da entidade, organograma e localização das diferentes unidades e laboratórios da comissão. Ele esclareceu que a tecnologia nuclear não tem aplicação somente na produção de energia, mas está presente também na saúde, agricultura e na indústria.
“A tecnologia nuclear tem aplicações na saúde, agricultura, pecuária, conservação de alimentos, acervos, bens culturais, esterilização, mineração, indústria, meio ambiente. São possibilidades muito grandes além da geração de energia termonuclear”, disse. “No Brasil, temos quase 2 milhões de procedimentos diagnósticos e terapêuticos ao ano usando radiofármacos. Se o brasileiro está fazendo uma cintilografia, exames de imagem desse tipo, ele está usando um produto produzido por nós ou entes privados”, completou.
Outro ponto do painel foram as áreas de formação necessárias para atuar no setor nuclear. Segundo Madison, a área não se restringe apenas aos engenheiros nucleares, mas físicos, químicos, biólogos e farmacêuticos têm portas abertas para trabalhar no setor. Recentemente, a Cnen estabeleceu uma parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para oferecer o curso de Engenharia Nuclear, o segundo do país.
Já Ricardo Fraga Gutteres complementou o painel com informações sobre as atividades de fiscalização e regulação promovidas para garantir o cumprimento dos altos padrões de segurança exigidos pelo setor. Além das indústrias e plantas de produção energética, a entidade também está presente na fiscalização do transporte do material e também na gerência de rejeitos radioativos.
“Nós atuamos sobre 30 instalações nucleares, que incluem as plantas de geração de Angra dos Reis, mineração de urânio em Caetité (BA) e também somos responsáveis pelo cumprimento dos acordos internacionais de salvaguardas. Nós também atuamos sobre mais de 3 mil instalações que operam com fontes de radiação nos mais variados espectros, desde o Sirius, fonte de luz sincrotron, até aplicações de radioterapia, radiofármacos e indústrias”.
A área de segurança nuclear também precisa seguir uma série de compromissos e requisitos internacionais que são assinados por cada país. Em todo o mundo, a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, em inglês) age como ponto focal para a cooperação entre os países.
“Segurança nuclear é uma área muito internacionalizada. Envolve acordos internacionais na área de salvaguardas, convenções de segurança, uma padronização dos sistemas de segurança. Existem uma série de aspectos equivalentes que são subscritos e verificados em convenções de segurança”.
Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações
O MNCTI foi instituído pelo decreto nº 10.497/2020, que atribui a coordenação do evento ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Ao longo de outubro, o canal do YouTube do MCTI traz centenas de horas de conteúdo online para mobilizar e levar a ciência, tecnologia e inovações mais perto do dia a dia da população.
A cada dia, uma organização vinculada ao MCTI leva ao ar uma série de palestras, oficinas e conteúdos que podem ser acompanhados em www.youtube.com/ascommcti.
Confira também a programação completa do Mês em www.snct.mcti.gov.br.