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“A economia digital é o novo eixo dinâmico da economia global”, diz Juscelino Filho na reunião ministerial do G20 em Maceió
(Foto: Kayo Sousa/MCom)
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, abriu a reunião ministerial do Grupo de Trabalho em Economia Digital do G20, na cidade de Maceió (AL), nesta sexta-feira (13). Em seu discurso, o ministro destacou que economia digital é o novo eixo dinâmico da economia global, crescendo a um ritmo mais acelerado do que a economia como um todo.
“Aqui no Brasil estamos vivendo, de maneira concreta, esse processo de transformação proporcionado pela economia digital. O comércio eletrônico brasileiro, por exemplo, cresce a taxas anuais de dois dígitos, devendo chegar a 40% do total de vendas do varejo brasileiro nos próximos 4 anos”, disse Juscelino Filho.
Ele destacou que, ao assumir a presidência do G20, Lula indicou que um dos temas que iriam balizar a agenda seria a inclusão social. “Assim, aqui no Grupo de Trabalho, a abordagem foi da inclusão digital como uma dimensão da inclusão social, com seu poder transformador na geração de emprego e renda na economia, no acesso a serviços digitais de governo, assim como no entretenimento, lazer e participação social ativa”, frisou o ministro.
O encontro, que segue até o final do dia de hoje, apresentará a declaração final elaborada após as reuniões técnicas que ocorreram ao longo desta semana. O evento conta com 12 ministros estrangeiros e mais de 40 representantes de países. Nas reuniões, além da inclusão digital, estão sendo discutidos temas como conectividade universal e significativa; governo digital; integridade da informação e confiança no ambiente digital; e inteligência artificial para o desenvolvimento sustentável.
A ministra de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, Esther Dweck, citou dois projetos trabalhados nos encontros. Um deles é a nova carteira de identidade, que possibilitará mais segurança e mais facilidade no acesso a políticas públicas.
“O segundo ponto que a gente trouxe e que foi aceito pelos 25 países que participaram é sobre práticas para compartilhamento de dados no setor público e setor privado. O presidente Lula pediu que a gente tivesse a base de dados do Brasil para melhorar nossa capacidade de conhecer a população brasileira e prestar melhores serviços públicos, como melhorar esse compartilhamento de dados, garantindo segurança e privacidade”, afirmou.
Outro eixo das discussões, a inteligência artificial é tratada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a que a ministra Luciana Santos chamou de terceira onda da tecnologia da informação e vai impactar nos serviços. Ela ainda destacou o trabalho que tem sido feito com relação ao armazenamento de dados do governo brasileiro.
“Queremos ter autonomia, queremos que nossos dados fiquem na nossa nuvem soberana. Investir R$ 23 bilhões é plano factível que vai colocar o país, nos próximos cinco anos, entre os computadores com maior capacidade de armazenamento do mundo e será compartilhado com os países do sul global nessa perspectiva de aprimorar a colaboração internacional”, destacou.
O secretário da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, João Brant, falou sobre integridade da informação, frisando que, pela primeira vez, o G20 colocou na mesa o tema da desinformação e discurso de ódio, pelo reconhecimento que afeta a confiança na economia digital, gera instabilidade política e econômica e afeta a condição e vida do cidadão desses 20 países. "Ao final do dia, iremos comemorar o resultado positivo por ter chegado a um consenso de altíssimo nível, sobre soluções para lidar com esse problema", finalizou.
Até o final do dia, as autoridades vão debater a versão final da declaração do grupo sobre economia digital, que será enviada para a Cúpula de Líderes do G20 que será realizada no Rio de Janeiro em novembro.
Segundo Juscelino Filho, consolidando os resultados nos quatro temas, foram desenvolvidos seis relatórios, documentos mais extensos e detalhados, que estão sendo publicados. O ministro destacou ainda a questão da infraestrutura de conectividade digital, vista agora sob o novo paradigma dos indicadores de conectividade significativa.
“A existência dessas condições é pré-requisito essencial para um processo efetivo de inserção na economia digital. Aqui o Brasil tem feito um enorme progresso, que detalharei mais adiante na reunião de hoje ao abordar essa Prioridade 1 dos nossos temas de economia digital neste ano”, adiantou.
Selo
Durante a abertura da reunião ministerial, foi lançado o selo do Grupo de Trabalho em Economia Digital do G20 e entregue a todas as autoridades presentes. A arte foi solicitada pelo Ministério das Comunicações e elaborada conforme manual da marca do G20. A emissão será vendida sob encomenda, na loja virtual dos Correios.
Durante a obliteração, o ministro Juscelino Filho agradeceu aos Correios pelo selo que, segundo ele, eterniza esse momento tão importante para o Brasil e para o mundo.
Liderança do GT
O Grupo de Trabalho em Economia Digital do G20 é liderado pelo Ministério das Comunicações, em parceria com os ministérios das Relações Exteriores; da Gestão e Inovação em Serviços Públicos; da Ciência, Tecnologia e Inovação; e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
As duas primeiras reuniões técnicas do grupo foram realizadas por videoconferência. A primeira reunião técnica presencial ocorreu em Brasília, em abril. E a outra em São Luís, em junho. A Cúpula de Líderes do G20 está agendada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, e terá a participação de 19 países membros, mais a União Africana e a União Europeia.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628