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PNID
Grupo de Trabalho para desenvolvimento do Plano Nacional de Inclusão Digital começa em 2025
Foto: Kayo Sousa/MCom
O Ministério das Comunicações irá iniciar em 2025 os trabalhos do Grupo de Trabalho do Plano Nacional de Inclusão Digital (PNID). As informações foram confirmadas pelo secretário das Telecomunicações, Hermano Tercius, durante o evento Internet Summit Conectividade Inclusão para Futuro Digital, realizado em Brasília.
“O Plano Nacional de Inclusão Digital vai trazer um diagnóstico detalhado de todas as lacunas de inclusão digital que existem hoje no Brasil. O PNID, sobretudo, vai idealizar projetos para combater esse problema com foco em áreas mais desassistidas e valores necessários para a execução do plano”, disse Tercius.
O secretário das Telecomunicações afirmou que o prazo para o fim do grupo de trabalho para a elaboração do PNID é até o final de junho. Antes de mencionar o projeto, Tercius contextualizou a situação da lacuna de inclusão digital existente no país. Ele disse que o panorama deve ser visto como oportunidade de crescimento para todas as empresas do ecossistema digital.
O representante da pasta citou que 7% dos brasileiros estão sem nenhuma rede de telecomunicações para acessar internet. “Isso é prejudicial não só para essas pessoas, como também para os setores de telecomunicações, internet e o ecossistema digital no geral”.
A falta de letramento digital é outra preocupação do Ministério das Comunicações. De acordo com o secretário, mais de 10% dos brasileiros dizem que não usam a internet porque não sabem, mas o número do uso precário é ainda maior. Outros 60% usam a internet, mas afirmam não ter habilidade básica. “Se conseguirmos focar nesse número, e estamos falando de 125 milhões de brasileiros, a gente consegue trazer mais pessoas para o ecossistema digital”, afirmou.
Hermano Tercius falou que o conceito mais atualizado de inclusão digital modificou a forma de atuação dos investimentos antes voltados às redes de infraestrutura de telecomunicações e agora expandido a outros eixos de conectividade. Eles vão desde um valor acessível de internet para os usuários, passando pelo letramento e habilidade digital das pessoas até a utilização delas.
“Todos esses conceitos e eixos, somados ao da inclusão digital, não permitem mais a separação dos setores de telecom e empresas de internet. Tudo é um ecossistema digital", finalizou.
Além de representantes do Ministério das Comunicações, especialistas nacionais e internacionais de mais de 25 organizações estiveram presentes no Internet Summit: Conectividade e Inclusão para o Futuro Digital, organizado pela Aliança pela Internet Aberta (AIA).
O evento possibilitou diálogos sobre o presente e o futuro da infraestrutura digital brasileira, com foco na transformação e inclusão. A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), TAP (Television Association of Programmers Latin America), e Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) apoiaram o evento.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628