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CONECTIVIDADE
Ministério das Comunicações e MEC vistoriam projeto que levou internet a todas as escolas da Baía da Traição (PB)
Foto: Kayo Sousa/MCom
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e a secretária-executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela, visitaram nesta quinta-feira (2) três escolas públicas na cidade de Baía da Traição, litoral norte da Paraíba, que fazem parte do projeto-piloto da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), o Aprender Conectado.
“A escola recebeu banda larga, internet, wi-fi aberto para os alunos, conectividade e equipamentos. Isso traz o ambiente digital para dentro da sala de aula, ajudando a levar mais conhecimento para os estudantes da rede pública. São essas ações que vamos expandir para todo o Brasil, para levar inclusão digital e social para as pessoas e reduzir a desigualdade. O presidente Lula quer todas as escolas do ensino público conectadas. Vamos trabalhar duro para entregar”, disse Juscelino.
O município paraibano foi o primeiro a receber a iniciativa gerida pela Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace), em agosto do ano passado. A cidade, com cerca de 9 mil habitantes, fica numa área rural com 32 aldeias indígenas e possui 17 escolas públicas e todas elas possuem banda larga e conexão wi-fi de qualidade.
“Uma das linhas de prioridade da nossa ação é exatamente chegar nos lugares que mais necessitam e que têm ficado, ao longo do tempo, mais prejudicados no acesso às tecnologias. Então, quero ressaltar a importância de estar com o Ministério das Comunicações nessa empreitada, nesse compromisso audacioso, que é garantir que todas as escolas do Brasil sejam conectadas”, afirmou Izolda.
Assim como a cidade da Baía da Traição, o objetivo do governo federal é levar conectividade para 100% das escolas, ou seja, 138 mil unidades de ensino público até o fim de 2026, em todas as regiões do país.
Exemplo para outras cidades que aderirem ao projeto, a Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus tem atualmente 231 alunos. Eles usam a conexão para ampliar o conhecimento dos alunos de uma maneira mais interativa.
O secretário Nacional das Telecomunicações, Hermano Tercius, fez um balanço da ação e da importância das escolas com internet.
“A visita de hoje é importante para ver na prática como está funcionando o projeto piloto e poder tirar as experiências e os pontos positivos que serão mantidos, e alguma coisa que precisa de ajuste para as próximas escolas. Nós conseguimos ver na prática tudo isso: se está bom e o que pode ser ajustado e melhorar no projeto”, disse Tercius.
A segunda parada da comitiva foi na Escola Municipal Akajutibiró, com 353 alunos que usam computadores e a banda larga em aulas de geografia, português, tupi, entre outras.
“Eles assistem o conteúdo e depois respondem às questões nos computadores. A aula fica mais divertida e isso chama muita atenção dos alunos”, contou a professora Aldenívea Santos de Oliveira.
Já na Escola Municipal Paulo Eufrásio Rodrigues, a gestora Miriam Gomes do Nascimento, explica como a nova tecnologia tem incentivado os alunos. “Este projeto é uma porta de entrada para as crianças possam ter acesso às tecnologias. Aqui temos uma comunidade carente que muitas vezes não tem acesso a essas tecnologias em casa. Aqui os alunos têm essa oportunidade de trabalhar os conteúdos didáticos de uma forma interativa”, completou. A escola atende 199 alunos.
Escolas Conectadas
Com investimento total de R$ 8,8 bilhões, o Escolas Conectadas é um programa do Ministério das Comunicações, em parceria com o Ministério da Educação, que articula políticas de conectividade de escolas, como o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), Programa Aprender Conectado, Lei de Conectividade (Lei 14.172/2021), Wi-Fi Brasil, Programas Norte e Nordeste Conectados, Política de Inovação Educação Conectada (PIEC), Programa Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas (PBLE) e Programa de Atendimento de Escolas Rurais.
Do total de recursos, R$ 6,5 bilhões são do PAC, com recursos provenientes de quatros fontes: Leilão do 5G, Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC) e Lei 14.172 de 2021.
Os R$ 2,3 bilhões adicionais serão usados para viabilizar os demais eixos da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Os recursos são provenientes de três fontes: Lei 14.172/2021 - R$ 1,7 bilhão; Política de Inovação Educação Conectada (PIEC) - R$ 350 milhões; e Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) - R$ 250 milhões. A meta é levar conectividade para 138 mil escolas até 2026.
A Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace), que administra as 17 escolas da Baía da Traição, foi criada a partir da contrapartida das operadoras que participaram do leilão 5G, faixa de 26ghz. A Eace tem a função de operacionalizar, de forma isonômica e não discriminatória, os procedimentos relativos às atividades de conectividade nas escolas públicas de áreas urbanas, rurais, quilombolas e indígenas.
O projeto-piloto Aprender Conectado atende 177 escolas localizadas em todas as regiões do país.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628