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RADIODIFUSÃO 360
MCom define diretrizes complementares para implantação da TV 3.0 no Brasil
(Foto: Kayo Sousa / MCom)
O Ministério das Comunicações (MCom) estabeleceu diretrizes complementares para a canalização, cobertura do serviço e harmonização de faixas de frequência para implantação da evolução do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre, denominada TV 3.0. A Portaria, apresentada nesta quarta-feira (18) durante a 2ª edição do Radiodifusão 360, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
“A partir dos debates do Grupo de Trabalho da TV 3.0, surgiu a proposta de uma Portaria a fim de possibilitar, em tempo hábil, os estudos sobre a canalização da TV 3.0, pela Anatel. A implementação desta nova tecnologia de radiodifusão será importantíssima para uma mudança de patamar no setor, inclusive no que se refere à concorrência imposta pelos serviços de streaming. Será um trabalho longo, mas, tal como foi na implementação da TV Digital, vamos participar de uma nova virada de chave na radiodifusão”, disse o secretário de Comunicação Social Eletrônica do MCom, Wilson Diniz Wellisch.
A Portaria determina ainda que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) garanta a destinação primária e exclusiva, ao serviço de radiodifusão de sons e imagens e ao serviço de retransmissão de televisão, das faixas de VHF alto (174-216 MHz) e UHF (470-608 MHz e 614-698 MHz), para o desenvolvimento da TV 3.0.
MELHORIAS DA TV 3.0
Com a TV do futuro, a qualidade da imagem irá saltar de Full HD para 4K ou até 8K. Isso significa que a imagem terá, no mínimo, quatro vezes mais pixels, além de trazer melhorias como na cor e na nitidez. O contraste também vai ser aprimorado, por meio de tecnologias de HDR (High Dynamic Range). Com som imersivo, a tecnologia vai permitir que o telespectador tenha a sensação de estar no ambiente que está sendo assistido. O telespectador terá o controle da TV e, também, mais poder sobre o conteúdo.
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COMO É O TRABALHO DO GT TV 3.0
O Ministério das Comunicações preside o GT TV 3.0, criado a partir do Decreto nº 11.484, publicado em abril, que dispõe sobre as diretrizes da nova tecnologia e garante a disponibilidade de espectro de radiofrequências para a sua implantação. Em julho, especialistas, cientistas, técnicos, representantes da academia e de órgãos do governo reuniram-se no Ministério das Comunicações para a inauguração das atividades do GT, que seguem até 31 de dezembro de 2024.
O grupo deve propor o padrão tecnológico para decisão pelo Presidente da República, além de estabelecer vários outros aspectos da nova geração de TV digital no Brasil, incluindo regulamentação; padrão tecnológico; modelo de implantação no território nacional; e cronograma de implantação para a TV 3.0.
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SOBRE A TV 3.0
Desde 2021, o MCom coordena, com o Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD), o estudo desenvolvido por universidades brasileiras e parceiros da indústria e do setor de radiodifusão sobre tecnologias que serão integradas aos televisores que passarão a ser fabricados a partir de 2025. As tecnologias candidatas para a TV 3.0 foram selecionadas dentre propostas feitas por mais de 20 organizações internacionais diferentes.
Em fevereiro de 2022, o projeto entrou na terceira e última fase, que consiste em testes complementares, pesquisa e desenvolvimento, além de padronização técnica e demonstrações de tecnologia. Ao longo de 2022, foi feita a elaboração das especificações técnicas para codificação de vídeo, áudio e legendas, além do planejamento de todos os detalhes dos testes complementares e atividades que serão feitos em 2023 e 2024.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.5530