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MCom participa de reuniões com representantes da Huawei e com o vice-ministro de Telecomunicações da China
(Foto: Kayo Sousa/MCom)
No primeiro dia da Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-23) em Dubai, Emirados Árabes Unidos, o Ministério das Comunicações (MCom) participou de reuniões para discutir a ocupação da faixa de 6 GHz e o espectro para a 6ª geração de sistemas de Telecomunicações Móveis Internacionais (IMT) nesta segunda (20/11). A agenda incluiu o encontro do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, com o vice-ministro de Telecomunicações da China, Zhang Yunming, além de reunião com representantes da empresa Huawei: Atilio Rulli, Carlos Lauria, Zhu Li, Zhou Dongfei, Ma Xiaobin, Chen Chuanfei e Wang Hu.
"Nesta tarde nos reunimos com representantes da empresa Huawei e com a delegação chinesa para discutir a utilização de faixas específicas como a de 6 GHz e também novas tecnologias como as HAPs (plataformas em altas altitudes). Participamos das reuniões técnicas para que a gente possa fazer a melhor utilização do nosso espectro e vamos discutir esses temas com vários países", relatou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
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A delegação brasileira pediu apoio para que a China aprove o posicionamento em relação à utilização de estações em plataforma de alta altitude (HAPs) como estações base IMT (HIBS) no serviço móvel em determinadas faixas de frequências abaixo dos 2,7 GHz já identificadas para IMT, a nível global ou regional. O uso do HIBS pode ser uma boa oportunidade para suprir as necessidades de conectividade no Brasil, principalmente em áreas não servidas ou com baixa oferta de serviço.
Por sua vez, a delegação chinesa pediu apoio aos brasileiros para um documento deles sobre a faixa de 6GHz, onde a China propõe dividir a frequência da faixa, destinando os primeiros 500 MHz para o Wi-Fi e os outros 700 MHz ficariam então para o IMT, que é o serviço móvel. O Brasil ficou de estudar uma solução para conciliar os interesses nesse tema. Também agradeceu o apoio da China ao documento brasileiro de sustentabilidade espacial e proteção dos satélites GEO em relação aos satélites NGEO.
Outro ponto abordado ao longo da reunião foram as negociações do G20. O Brasil vai convidar a China, via Ministério das Relações Exteriores, para conversas bilaterais sobre as prioridades do Brasil nos temas advindos do G20. As datas das reuniões presenciais estão previstas para o próximo ano nos meses de abril, junho e setembro.
Sobre a Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC)
A Conferência Mundial de Radiocomunicações é organizada pela União Internacional de Telecomunicações, agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para tecnologias de informação e comunicação (TIC). Essas reuniões são realizadas a cada três ou quatro anos para analisar e, se necessário, revisar o Regulamento de Radiocomunicações, tratado internacional que rege o uso do espectro de radiofrequências e as órbitas de satélites geoestacionários e não geoestacionários.
As revisões são feitas com base em uma agenda determinada pelo Conselho da UIT, que considera as recomendações feitas por conferências mundiais de radiocomunicações realizadas anteriormente. Para saber mais detalhes, acesse o relatório com questões técnicas, operacionais e regulamentares/processuais relevantes para a Agenda WRC-23.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.5530