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NAB SHOW 2022
MCom avalia com radiodifusores a participação brasileira em feira internacional
Foto: Divulgação/MCom
Para avaliar a participação da delegação brasileira no NAB Show 2022, o Ministério das Comunicações (MCom) se reuniu com uma comitiva de radiodifusores, ao final do feira anual. Promovida pela norte-americana Associação Nacional de Radiodifusores (NAB, na sigla em inglês), o evento é considerado um dos maiores do setor de radiodifusão do mundo. Este ano o Brasil teve amplo envolvimento na convenção, que apresenta inovações tecnológicas e abre oportunidades para os encontros com delegações de diversos países.
Maximiliano Martinhão, secretário de Radiodifusão do MCom, enfatizou a importância do diálogo entre o Governo Federal e o setor: "a ideia é utilizar os aprendizados internacionais para planejarmos a evolução da televisão digital com todo o zelo necessário, no intuito de nos beneficiarmos com as lições aprendidas pelos países que estão passando por essa transição, em particular nas questões relacionadas à reserva de canais para realizar a transição, novos modelos negócios para a nova geração de televisão e ajustes na regulamentação existente do setor", pontuou o Secretário.
"A conversa foi bastante produtiva e estamos mais confiantes com os resultados da participação da delegação brasileira neste evento de caráter global", pontuou o diretor de Outorga e Pós-Outorga da pasta, William Zambelli. Um dos aspectos destacados no encontro foi a tendência global dos domicílios de combinar a TV aberta gratuita e universal com um cardápio de produtos de streaming. De acordo com o diretor, a tendência chega ao Brasil em um contexto favorável, considerando que a TV aberta não perdeu a relevância – apesar da oferta de TV paga e do serviço de streaming. Zambelli pontuou sobre a importância de analisarmos os motivos pelos quais a audiência da televisão aberta aumentou, por exemplo, nos EUA.
A ideia é utilizar os aprendizados internacionais para planejarmos a evolução da televisão digital com todo o zelo necessário
— Maximiliano Martinhão, secretário de Radiodifusão
Roberto Franco, diretor do SBT, acrescentou que a adoção da TV recebida pelo ar tem mantido, nos EUA, taxa de crescimento anual superior a 5%. No Brasil, esse número gira em torno de 85% de penetração na TV aberta, recebida pelo ar, de forma livre e gratuita. Franco defendeu a importância de reservar espectro para migração para TV 3.0, analisando modelos de migração adotados em outros países, como nos EUA e na Coreia do Sul.
A discussão também abordou a inovação, a exemplo da TV 3.0, e o aumento da penetração da TV recebida pelo ar – OTA (da sigla em inglês Over The Air) que está em implantação nos Estados Unidos. Neste ponto, Raymundo Barros, diretor da Rede Globo, informou que o número saiu de 7%, em 2019, para atuais 25%.
TV DO FUTURO — No Brasil, a evolução tecnológica da televisão – conhecida como TV 3.0 – teve início em julho de 2020, quando o Fórum SBTVD realizou o “Call For Proposal” para a prospecção de tecnologias aplicáveis ao novo padrão em desenvolvimento. As propostas foram recebidas em 2020 e os testes em campo foram realizados durante 2021 pelo Fórum, em parceria com o MCom. E, neste ano de 2022, iniciaremos os testes adicionais.
Além dos representantes das redes Globo, SBT e Record, Carlos Fini, presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), participou do encontro. Além de elogiar a presença do MCom, de forma consistente e integrada com todos os setores, nas discussões que trataram da evolução tecnológica da televisão, Fini lembrou que a SET conta com a missão de assessorar e disseminar todas as informações relacionadas ao assunto, com o intuito de manter o padrão de TV nos patamares competitivos exigidos no momento.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Foto: Divulgação/MCom