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DIA MUNDIAL DO RÁDIO
Meio de comunicação eletrônica em massa é o mais antigo do mundo e se mantém atual
Do silêncio, se fez o ruído. A data era 7 de setembro de 1922: o Brasil estava em festa, comemorando os seus 100 anos de independência. Os ouvintes, pela primeira vez, sintonizavam o discurso do então presidente Epitácio Pessoa. Era a primeira transmissão de rádio no Brasil.
Neste ano, o rádio completa 100 anos de existência no Brasil - mesmo dia em que vamos celebrar o bicentenário da independência do nosso País (7/9). Para o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, há muitos motivos para se comemorar: “o rádio, no Brasil, mesmo com o surgimento de outros meios de comunicação, permanece jovem, relevante, e é quem leva informação mais rápido e localizada à população brasileira. Este ano, no dia 07 de setembro, celebra 100 anos de existência em nosso País – uma data marcante para todos os brasileiros.”
O rádio, no Brasil, mesmo com o surgimento de outros meios de comunicação, permanece jovem, relevante, e é quem leva informação mais rápido e localizada à população brasileira" - Maximiliano Martinhão, secretário de Radiodifusão do MCom
Já que a celebração é em setembro, por que estamos falando do rádio agora, em fevereiro? É que hoje, dia 13, é o Dia Mundial do Rádio. A data foi instituída em 2012 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os anos passaram e o meio de comunicação eletrônica em massa mais antigo do mundo ainda é o queridinho de muita gente que busca informação, cultura, entretenimento – ou apenas para preencher o ambiente, ter uma companhia, uma voz ao pé do ouvido.
É simples e barato ter acesso ao rádio – o que torna essa ferramenta inclusiva. Até mesmo quem tem celular pode se conectar às ondas sonoras – sem precisar de internet. É que, em maio do ano passado, o Ministério das Comunicações (MCom) determinou que as fabricantes de celular desbloqueassem o acesso ao rádio em aparelhos produzidos no Brasil que já contavam com essa tecnologia. No mesmo ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu que só iria homologar celulares que já tivessem o rádio FM habilitado, caso viessem com essa função.
MIGRAÇÃO – É... o rádio tem se reinventado. Da Amplitude Modulada (AM) para a Frequência Modulada (FM), o salto de tecnologia foi grande. Enquanto a transmissão em AM registra ruídos, chiados e interferências, o conteúdo em FM chega limpo e é muito mais econômico para as emissoras porque os equipamentos gastam menos energia elétrica. Sem contar que os ouvintes do dial em FM têm muito mais estações que em AM.
Pensando nisso, há quase 10 anos, o Ministério das Comunicações (MCom) vem permitindo a migração das rádios AM para FM. 1.670 emissoras já solicitaram a mudança de faixa e 939, ou seja, 56% delas já foram autorizadas pela Pasta. Hoje, o Brasil tem 5.207 rádios AM e FM registradas. Para abrigar todas elas em FM, o MCom também tomou a iniciativa de usar a chamada faixa estendida. Assim, o dial, que só sintonizava rádios entre 88 e 108 megahertz (MHZ), passou a sintonizar frequências menores: de 76,1 a 87,5 megahertz (MHZ) – o que possibilitou a criação de 60 novos canais nesse trecho. A meta do MCom é concluir a migração das emissoras AM até o fim deste ano.
AMAZÔNIA LEGAL – O Ministério das Comunicações (MCom) também está atento aos 10 milhões de brasileiros que hoje vivem na chamada Amazônia Legal – uma área abrange mais de 700 municípios de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Essa região corresponde a quase 60% do território brasileiro. Para levar as ondas do rádio até ela, o MCom autorizou o serviço de Retransmissão de Rádio (RTR), permitindo que emissoras das capitais retransmitam seus conteúdos a outros municípios do mesmo estado. Até agora, foram emitidas 56 outorgas para municípios do Acre e do Amazonas.
RADIOVIAS – Da Amazônia para as estradas – é Brasil que não acaba mais. E quem dirige pelas rodovias do País se depara com a perda de sintonia do rádio em vários trechos. Pensando em garantir o acesso a informações específicas das estradas, como acidentes, condições climáticas e outros serviços, o MCom autorizou, em abril do ano passado, a criação de um serviço bem específico, que são as radiovias, em trechos que são administrados por concessionárias.
COMUNITÁRIAS E EDUCATIVAS – Além das radiovias e as rádios comuns - comerciais, existem as rádios comunitárias e educativas – pra você ver o universo que é o rádio. Até o ano passado, o MCom autorizou a operação de 4.933 rádios comunitárias. E a demanda só cresce. Por isso, a pasta lançou o Plano Nacional de Outorgas: das 432 localidades listadas, 237 ainda não têm uma rádio comunitária. Até o fim do ano, o MCom vai fazer seis chamamentos públicos para conceder autorizações nessas localidades. Já as rádios educativas, como o próprio nome diz, têm caráter específico. O MCom recebeu quase dois mil pedidos de outorga para rádio desde o último chamamento, em 2016, e já convocou diversas emissoras para apresentarem a documentação necessária para o andamento do processo.
E você, com qual frequência ouve o rádio? Podem vir os streamings, podem vir os podcasts. O rádio segue cativando os seus ouvintes.
13 de fevereiro. Dia Mundial do Rádio.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil