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Digitaliza Brasil: novo critério para uso de capacidade ociosa privilegia conteúdos regionais
Infraestrutura Digitaliza Brasil Foto: Gustavo Torquato/MCom
O Ministério das Comunicações (MCom) redefiniu os critérios para a escolha de entidades interessadas em prestar serviço de retransmissão de televisão digital utilizando a capacidade ociosa da infraestrutura instalada por meio do programa Digitaliza Brasil. Passa a ser considerada, para fins de seleção, a localidade da emissora, sendo privilegiada a que estiver instalada mais próximo ao município com canais disponíveis, objeto do edital de chamamento público. A mudança é prevista na Portaria 6.239, publicada nesta terça-feira (23), e entra em vigor em 1º de setembro.
O primeiro critério para a seleção permanece inalterado: terão prioridade as entidades que não foram previamente qualificadas no programa Digitaliza Brasil. Em seguida, será observado o novo critério de localidade, que busca favorecer os conteúdos regionais e garantir diversidade na programação. Por último, será considerada a regra de antiguidade, que prioriza concessionárias com outorgas mais antigas para a execução do serviço no Estado em que se encontra o município, ou ainda a outorga mais antiga no país.
Essa alteração será aplicada a editais de chamamento público a serem abertos quando houver capacidade disponível após a digitalização de todas as entidades qualificadas no município. A infraestrutura tem capacidade para até oito canais, sendo que, em algumas localidades, com mais de oito canais a serem contemplados pelo Programa, contarão com duas infraestruturas compartilhadas, tendo a possibilidade de 16 canais.
SET EXPO 2022 – O programa Digitaliza Brasil e as atualizações regulatórias relacionadas à radiodifusão foram abordados nesta terça, no Congresso de Tecnologia e Negócios de Mídia e Entretenimento. Durante painel, o diretor de Inovação, Regulamentação e Fiscalização do MCom, Otávio Caixeta, apresentou as principais ações que contribuem para o fortalecimento do setor e os projetos tecnológicos que irão transformar a televisão brasileira. Entre os destaques, decretos que simplificaram processos para radiodifusores - como o que ampliou prazos para licenciamento de estações; o que permitiu parcelamento de outorgas; e o que ampliou o escopo de multiprogramação.
Também foram destacadas as portarias que contribuíram para fortalecer o setor e instituíram o serviço de Retransmissão de Rádio na Amazônia Legal; mudanças na Voz do Brasil; novos procedimentos para licenciamento; lote residual de Migração AM-FM; aumento de potência das emissoras; serviço de Radiovias e critérios para instalação de infraestrutura em município fora da outorga. Além disso, Caixeta destacou o Plano de Transformação Digital, que tem contribuído para facilitar o acesso de radiodifusores a serviços e otimizar os processos do MCom.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.5530