Notícias
SERVIÇO POSTAL
Desestatização dos Correios deve motivar crescimento e atrair novos investimentos
Estatal, presente em todos os municípios brasileiros, tem perdido a participação no mercado desde 2015
A desestatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) impulsiona a modernização do serviço postal, gera competitividade e fomenta o crescimento econômico. O debate promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta quarta-feira (3/11), apontou para este consenso sobre o tema. O Ministério das Comunicações (MCom) colaborou com a discussão.
Nós entendemos que estamos diante da última oportunidade de modernizar, trazer oportunidades de desenvolvimento econômico e de investimentos para a cadeia dos Correios
- Secretário de Radiodifusão do MCom, Maximiliano Martinhão
Durante o webinar, o secretário de Radiodifusão do MCom, Maximiliano Martinhão, citou exemplos anteriores de privatizações para endossar que o processo pode aumentar o faturamento das empresas e gerar mais empregos. “Nós entendemos que estamos diante da última oportunidade de modernizar, trazer oportunidades de desenvolvimento econômico e de investimentos para a cadeia dos Correios”, observou. O secretário acrescentou que o MCom “está trabalhando com bastante afinco para o desenvolvimento e aprovação do PL dos Serviços Postais”.
A desestatização deve potencializar a atuação dos Correios, conforme estima o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Ele ressaltou que o Banco estuda há dois anos a nova modelagem para o setor postal no intuito de otimizar a prestação dos serviços, garantindo atendimento aos cidadãos e fortalecendo as 2,5 milhões de micro e pequenas empresas que dependem do setor postal para escoamento da produção. “Qualquer cidade do Brasil que hoje é servida pelos Correios, continuará servida. Não há qualquer risco de desassistência, não haverá aumento do preço de cartas, não haverá piora dos serviços. Pelo contrário, haverá melhora”, salientou.
AUMENTO DE ARRECADAÇÃO – Estudos do BNDES revelam ainda que a desestatização irá aumentar a arrecadação. Atualmente, os Correios têm isenção de tributos federais e deixam de recolher aos cofres públicos em torno de R$ 2 bilhões por ano. Além disso, a estatal tem perdido a participação no mercado desde 2015 e depende cada vez mais de investimentos da União para se manter. O volume de correspondências caiu 57,6% e a receita registrou queda de 43%. São necessários R$ 2,5 bilhões por ano para não perder a competividade.
Também participaram do painel o advogado-Geral da União, ministro Bruno Bianco; o presidente do Sebrae, Carlos Melles; o presidente da Confederação Nacional do Transporte, Vander Costa e o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Marcelo Silva.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Foto: Pablo Le Roy/MCom