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GRUPO DE TRABALHO
MCom participa de audiência on-line da Câmara dos Deputados sobre 5G
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, participou da sexta reunião do Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que trata da implantação da tecnologia 5G no Brasil. O encontro ocorreu de forma virtual, na tarde desta terça-feira (9/3), no qual foi reforçado o compromisso do governo brasileiro pela celeridade nas etapas do leilão, sem abrir mão do que há de mais moderno na quinta geração de internet móvel.
Durante a reunião, conduzida pela coordenadora do grupo, deputada federal Perpétua Almeida, o ministro respondeu às perguntas dos parlamentares sobre o 5G. Entre os temas, falou sobre a missão internacional a vários países em fevereiro, além dos critérios para a rede privativa e dos prazos para que o novo padrão de conectividade esteja à disposição dos brasileiros.
O ministro Fábio Faria destacou a importância do 5G para atender à indústria, pois possibilitará o avanço da Internet das Coisas no país. Por meio dessa tecnologia, sistemas conectam entre si e trazem uma infinidade de possibilidades para o dia a dia. É o caso, por exemplo, de uma geladeira que emite alertas para o celular quando algum item está em falta.
"É muito mais do que um aumento de potência e velocidade. Serão cem vezes de aumento e teremos uma redução muito grande na latência, o que vai permitir a um médico na capital federal operar um paciente na Amazônia", disse o ministro Fábio Faria.
Ainda na indústria, o 5G vai facilitar o monitoramento de toda uma cadeia produtiva, desde o campo até a prateleira do supermercado. "É muito mais do que um aumento de potência e velocidade. Serão cem vezes de aumento e teremos uma redução muito grande na latência, o que vai permitir a um médico na capital federal operar um paciente na Amazônia. Outro exemplo está nos veículos. Nossos filhos vão poder ir à escola em um carro ou ônibus sem motorista e, para isso, precisamos do 5G standalone , que é o 5G puro".
Os parlamentares perguntaram sobre as tecnologias que a comitiva brasileira conheceu em empresas na Finlândia, na Suécia, no Japão e na China. Nesses países, conforme Faria, a missão pôde ver uma gama de aplicações práticas do 5G e chegou a conhecer até mesmo o 6G, ainda em fase inicial de testes.
Regras para implantação do 5G
O Ministério das Comunicações (MCom) definiu em portarias quais serão as obrigações a serem obedecidas pelas empresas que vencerem o leilão do 5G. Para expandir a conexão no Brasil, o MCom definiu que todas as localidades com mais de 600 habitantes devem receber, no mínimo, o sinal de 4G, assim como 48 mil quilômetros de rodovias federais estratégicas para o escoamento da produção agropecuária, industrial e mineral brasileira.
De acordo com regras estabelecidas pelo MCom, também haverá investimento no programa Norte Conectado, estimado em R$ 1,5 bilhão, que atenderá cerca de 10 milhões de habitantes da região.
Rede privativa
Os deputados também quiseram saber como está sendo pensada a rede exclusiva do governo. Esclarecendo as dúvidas dos parlamentares, Faria explicou que tanto a empresa que irá construir, assim como a que irá operar, deverão respeitar as regras do mercado acionário brasileiro. O acesso a essa rede também será oferecido ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Procuradoria Geral da República para que possam tratar de dados sigilosos ou sensíveis com total segurança.