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CONECTIVIDADE RURAL
MCom e Mapa discutem ampliação da cobertura de internet no agro
“É o momento do Brasil, que já tem uma força grande no agronegócio. Com a chegada do 5G, nós vamos mostrar ao mundo o poder do nosso agro. Uma lavoura que tem 5G em pouco tempo vai dobrar de tamanho”, destacou o ministro Fábio Faria.
Durante o evento, a ministra Tereza Cristina entregou a Faria o estudo “Cenários e Perspectivas da Conectividade para o Agro”, desenvolvido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), vinculada à Universidade de São Paulo (USP). Nesse estudo, são apresentados os principais desafios para a digitalização dos territórios rurais, bem como a infraestrutura necessária para ampliar a cobertura de internet nessas áreas.
"Com a chegada do 5G, nós vamos mostrar ao mundo o poder do nosso agro", ministro Fábio Faria.
De acordo com a ministra, o Brasil e o restante do mundo tiveram de antecipar em 8 anos o processo de digitalização do agronegócio, que segue a todo vapor e com alta demanda. “O novo paradigma do agro no mundo sem dúvida será suportado pelo digital. Temos um cenário desafiador pela frente. Nosso produtor rural demanda tecnologia e está apto para receber mais inovação”, afirmou Tereza Cristina.
Agro 4.0
A chegada da “agricultura 4.0” ou “agro 4.0” representa a aliança entre máquina, pessoas e tecnologia para ampliar a competitividade do setor. Dentre as vantagens dessa renovação estão os ganhos de produtividade, economia com insumos, desenvolvimento sustentável e atração dos jovens nativos da área rural, que costumam migrar para as cidades devido à carência de acesso ao mundo virtual.
Digitalizar as áreas rurais significa, por exemplo, ter uma agricultura econômica e de precisão, com quantidades exatas de insumos e dados meteorológicos para poupar irrigação quando a chuva já se anuncia, proporcionando melhores colheitas.
Para que o agro 4.0 seja implementado no Brasil, é indispensável a expansão da infraestrutura de conectividade na área rural. Isso porque as últimas décadas consolidaram a percepção de que o crescimento e desenvolvimento socioeconômico dos países prescinde da exploração de todo o potencial das novas tecnologias.
Como foi mostrado no evento virtual, esse caminho já está sendo percorrido. Para se ter uma ideia, segundo dados apresentados pela ministra Tereza Cristina, 85% dos pequenos e médios produtores já estão usando algum tipo de tecnologia digital para o gerenciamento de suas propriedades. Além disso, 94% dos produtores rurais possuem celulares, e desse total 68% possuem smartphones.
Para além da porteira
Modernizar a agropecuária envolve não somente implementar melhorias nas áreas de produção, mas também nas vias por onde os produtos serão distribuídos, que são as estradas federais e estaduais, ferrovias e portos. Tudo isso compõe o campo da economia do agronegócio e requer conectividade.
Como lembra o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Vitor Menezes, a chegada do 5G tornará mais seguro e eficiente o tráfego das rodovias onde escoam as produções do agronegócio. Isso será feito por meio dos caminhões autônomos, sem motoristas. “Tendo conectividade, vamos viabilizar os caminhões autônomos, porque no mundo todo os veículos autônomos começam pelos caminhões”, frisou Menezes.
Ainda durante o evento, o secretário de Telecomunicações do MCom, Artur Coimbra, elogiou a iniciativa do estudo elaborado com apoio da equipe da USP por fornecer dados, prioridades e impactos da implementação das tecnologias no setor rural. “Esse estudo abre uma porta para nós num momento em que o 5G está entrando no Brasil, em que cada vez mais se torna importante a conectividade no meio rural, que tem sido efetivamente a locomotiva do crescimento brasileiro”.
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Texto: Ascom/Ministério das Comunicações
Foto: Cléverson Oliveira/Ministério das Comunicações