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TECNOLOGIA
Conselho aprova plano de investimento de R$ 45,2 mi em projetos de telecomunicações
Projetos de pesquisa e desenvolvimento em telecomunicações ganham reforço com a resolução do Conselho Gestor do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), publicada nesta sexta-feira (28/5). O documento aprova a destinação de recursos para a Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). É previsto o aporte de R$ 45,2 milhões para suporte aos projetos nas áreas de redes 5G, Internet das Coisas e segurança cibernética.
O orçamento está previsto no Plano de Aplicação de Recursos (PAR) da instituição para o triênio 2021/2023. De acordo com o presidente do Conselho, José Afonso Cosmo Júnior, a aprovação do investimento amplia o compromisso do Governo Federal em apoiar atividades de pesquisa e desenvolvimento no campo das telecomunicações. “O Plano é inteiramente consistente com os objetivos do Funttel, foi criado para estimular o processo de inovação tecnológica e contribuir para ampliar a competitividade da indústria brasileira de comunicações”, afirma.
O Plano é inteiramente consistente com os objetivos do Funttel, que foi criado para estimular o processo de inovação tecnológica e contribuir para ampliar a competitividade da indústria brasileira de comunicações, afirma o presidente do Conselho
As iniciativas previstas no Plano são: Plataforma IoT; TeraNET (Fase 2); IoT BlockChain (Fase 2); Plataforma 5G BR; TecSeg; e GR 4.0. Do montante total aprovado pelo conselho, R$ 13,2 milhões serão liberados ainda em 2021, de acordo com cronograma de execução dos projetos.
Projetos apoiados
O CPqD, criado em 1976, tem como missão o suporte às políticas públicas de telecomunicações. A instituição privada desenvolve soluções científicas e tecnológicas que contribuem para a estruturação do setor. Os projetos que terão investimento do Funttel propõem:
Plataforma IoT – a estruturação de uma plataforma aberta que servirá de base para o desenvolvimento de aplicações de Internet das Coisas (IoT), adequadas à realidade brasileira. A iniciativa está focada nas cidades inteligentes (saúde, transporte público e segurança), agronegócio inteligente e indústria 4.0.
TeraNet Fase 2 – o desenvolvimento de tecnologias que viabilizem taxas de transmissão de dados em altíssima velocidade, próximas a 1 Terabit por segundo (1 Tbps). Com essa taxa é possível, por exemplo, transmitir centenas de vídeos em alta definição por segundo. Tecnologias do tipo podem ser aplicadas no atendimento à demanda crescente por dados ou no suporte às aplicações da internet do futuro.
IoT Blockchain Fase 2 – o uso da tecnologia Blockchain (registros distribuídos/descentralizados) para desenvolver serviços de autenticação, monitoramento e auditoria, no contexto da IoT, com requisitos mais elevados de segurança, privacidade e confiabilidade.
Plataforma 5G BR – o desenvolvimento de componentes para redes de quinta geração (5G), com arquitetura aberta, virtualizada e desagregada. O projeto viabiliza a combinação de equipamentos e softwares de diferentes fornecedores, o melhor uso do espectro radioelétrico e a redução dos custos de implantação e operação de redes.
TecSeg – o desenvolvimento de tecnologias e metodologias de avaliação e investigação voltadas à segurança de redes e de aplicações de governo digital. O objetivo é atenuar problemas de segurança (relacionados à identificação digital de pessoas e coisas) e analisar vulnerabilidades dos serviços de governo digital, de soluções de IoT e de infraestruturas críticas.
GR 4.0 (Gestão de Redes 4.0 de Telecom) – o desenvolvimento de uma plataforma que permita a gestão eficiente das novas redes de telecomunicações, fornecendo apoio tecnológico a equipes responsáveis por redes das operadoras de telecomunicações. O suporte abrange aplicações de Inteligência Artificial, processamento de imagens, sensores para coleta de dados, realidade aumentada, entre outras.
Como funciona o Funttel
Criado em 2000, o Funttel é gerido pelo Conselho Gestor, composto por representantes dos ministérios das Comunicações, da Economia e da Ciência, Tecnologia e Inovações; da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Em novembro de 2020, o Funttel autorizou o repasse de R$ 409 milhões ao BNDES e à Finep para financiar projetos de investimento de empresas do setor de telecomunicações. Foi o maior repasse anual de recursos desde a criação do Fundo.
O Funttel tem o objetivo de estimular o processo de inovação tecnológica, incentivar a capacitação de recursos humanos, fomentar a geração de empregos e promover o acesso de pequenas e médias empresas a recursos de capital, de modo a ampliar a competitividade da indústria brasileira de telecomunicações. Ao longo de 20 anos, o Funttel aplicou mais de R$ 3 bilhões em diversos projetos no setor de telecomunicações.
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