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Brasil anuncia parceria em projeto de cabo submarino para interligar América do Sul, Oceania e Ásia
A participação brasileira é considerada fundamental para o sucesso do projeto. Ao ligar a América do Sul à Oceania e à Ásia, o projeto contribuirá para o aumento da redundância da conexão brasileira com a internet mundial, com melhoria da disponibilidade e da confiabilidade do sistema. “Hoje é um dia muito importante para as telecomunicações do Brasil, da América do Sul e do mundo. O projeto vai melhorar a nossa velocidade, a nossa capacidade e a nossa segurança”, afirmou o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
"O projeto vai melhorar a nossa velocidade, a nossa capacidade e a nossa segurança"
O cabo “Humboldt” também fornecerá conexão por fibra ótica com países vizinhos, consolidando a integração e infraestrutura digital regional, posicionando o Brasil como líder da transformação digital e do mercado digital na América do Sul. “Sob a liderança dos presidentes Jair Bolsonaro e Sebastián Piñera, Brasil e Chile vêm desfrutando de excepcional momento no relacionamento bilateral. O projeto do cabo Humboldt contribuirá para acelerar a nossa interconexão e a digitalização da economia nos países da região”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França.
A iniciativa é do governo chileno e já conta com a participação da Argentina, Austrália e Nova Zelândia. O projeto conectará Valparaíso (Chile) a Sydney (Austrália), passando por Auckland (Nova Zelândia), em um total de 14.810 quilômetros de extensão. A conexão da Austrália com a Ásia será feita por 5 cabos já implantados e em funcionamento. “A adesão do Brasil é um impulso a esse projeto. Sua participação é fundamental para a viabilidade política e econômica desse projeto que cruza diversos países”, reforçou o ministro das Relações Exteriores do Chile, Andrés Allamand.
Nos próximos meses, equipes técnicas dos países envolvidos aprofundarão as discussões sobre as modalidades financeiras e técnicas da participação do Brasil neste projeto de longo prazo. O volume total de investimentos do projeto foi orçado em cerca de US$ 400 milhões, e o prazo da concessão público-privada que deverá operá-lo foi estimado em 25 anos.
Atualmente, Argentina, Brasil e Chile respondem por 80% do tráfego de internet na América do Sul. A adesão brasileira ao projeto do cabo “Humboldt” soma-se a outras iniciativas do governo brasileiro, como o leilão de frequências de 5G – que dinamizará o mercado nacional de telecomunicações, ao viabilizar aplicações industriais dessa tecnologia ultrarrápida, de latência mínima.
Outra iniciativa do Governo Federal é a conexão com a Europa, através do cabo submarino EllaLink, que intensificará a transmissão de dados com os principais continentes produtores de conteúdo e demanda, além de propiciar a redução de custos para as empresas e o aumento de eficiência nos processos produtivos.
Benefícios
Os cabos submarinos são sistemas essenciais da infraestrutura digital da economia moderna, pois mais de 97% de todo o tráfego internacional de internet passa por eles. Além disso, a transmissão de dados via cabos é bem mais rápida e econômica do que a feita via satélite.
A demanda por maior capacidade de internet é uma exigência cada vez mais presente no mundo atual, especialmente em virtude da computação em nuvem, em que os dados são armazenados em servidores remotos, com milhares de dispositivos conectados à chamada Internet das Coisas.
O novo cabo Humboldt promoverá também a instalação de infraestruturas de armazenamento e processamento de dados em grande escala, que são os data centers, elementos fundamentais para o bom funcionamento da internet.
Texto: ASCOM/Ministério das Comunicações