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MISSÃO 5G
MCom trata de redes privativas e segurança digital em primeira agenda com governo americano
Liderada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, a comitiva do Governo Federal acompanhada do Tribunal de Contas da União (TCU), realizou nesta segunda-feira (7/6) a primeira agenda de reuniões com membros do governo dos Estados Unidos, em Washington, onde trataram da tecnologia 5G.
As reuniões ocorreram na embaixada brasileira localizada na capital americana e contaram com autoridades do Departamento de Estado (DOS), Conselho de Segurança Nacional (NSC) e Departamento de Segurança Interna (DHS).
Os encontros foram dedicados à discussão sobre redes privativas, economia em torno das tecnologias de telecomunicações e segurança digital, com foco nos possíveis riscos de ataques cibernéticos, desinformação e proteção da cadeia de fornecimento das infraestruturas de 5G – como a fabricação de equipamentos e o mercado de 5G em geral.
Modelos de segurança e ampliação da conectividade
A delegação brasileira foi aos EUA para conhecer os modelos americanos de uso seguro da rede 5G e meios de ampliar o acesso às redes de internet de alta qualidade, buscando oferecer a todos os brasileiros os benefícios dessa tecnologia.
Como enfatizado pelo ministro Fábio Faria, o 5G está cada vez mais perto de ser implementado no Brasil: “Estamos próximos de ter o leilão do 5G, que vai mudar a nossa próxima década. Vamos fazer a conexão das empresas, dos nossos setores mais importantes, como o agronegócio, mineração, educação e saúde”.
A expectativa é que o leilão das faixas de radiofrequências para o 5G ocorra até agosto deste ano. Para avançar no leilão, a missão oficial aos EUA também conta com uma equipe do TCU, que analisa o edital do certame. “Tivemos duas reuniões importantes, porque conseguimos extrair informações pertinentes para realizarmos um bom leilão do 5G no Brasil”, destacou Faria.
"Estamos próximos de ter o leilão do 5G, que vai mudar a nossa próxima década", ministro Fábio Faria
Desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil
Não são apenas os especialistas e autoridades brasileiros que apostam no salto tecnológico e econômico que será proporcionado ao país com a chegada da quinta geração de telefonia móvel.
Segundo observou o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (MCom), Artur Coimbra, que participou das reuniões em Washington, os americanos também vislumbram um significativo impacto do 5G nas tecnologias, mercado e políticas de telecomunicações brasileiras. “O Brasil será referência para a América do Sul”, frisou Coimbra.
Redes abertas e a diferença em relação às privativas
Na reunião com o Departamento de Segurança Interna, um dos tópicos discutidos foi a “open RAN”, que são redes abertas para fomentar o mercado de fornecedores da tecnologia 5G, tornando-o mais competitivo e proporcionando vantagens econômicas para o Brasil. As redes abertas, conhecidas pelo nome técnico “open RAN”, se concentram na implementação da tecnologia, composta pelas empresas que produzem os equipamentos de infraestrutura, como antenas e fibras óticas.
Há uma distinção importante em relação às redes privativas, pois estas se referem ao uso seguro e restrito de redes 5G por membros do Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com o secretário de Telecomunicações, as redes privativas são mais complexas por agregarem maior segurança para as comunicações oficiais. "Há uma colaboração grande com o governo americano sobre a importância do projeto brasileiro de redes privativas", reforçou.
Repercussão americana
Pouco tempo após as reuniões, representantes do governo americano repercutiram nas redes sociais o interesse em aprofundar a cooperação econômica e de segurança com o Brasil. "Discussão importante hoje com o ministro das Comunicações @fabiofaria sobre a segurança das telecomunicações e o potencial econômico das redes 5G", publicou no Twitter a secretária-adjunta interina para Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado americano, Julie Chung.
Próximas agendas da missão oficial
A comitiva segue em Washington e nesta terça-feira (8/6) está prevista uma série de reuniões. Logo durante a manhã, a delegação esteve com a equipe de telecomunicações do Departamento de Inteligência Nacional (ODNI). Ao longo do dia, a comitiva se encontrará com representantes de empresas privadas especializadas em telecomunicações e consultoria de investimentos, como Qualcomm, Motorola, IBM e Eurasia Group.
A missão ainda contará com reunião com potenciais investidores do setor de telecomunicações em Nova Iorque na quinta-feira (10/6) e o retorno ao Brasil está previsto para a sexta-feira (11/6).
Texto: ASCOM/Ministério das Comunicações