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MCom conhece solução para rede 5G privativa em uso nos EUA
Em missão oficial aos Estados Unidos, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, conheceu nesta quarta-feira (8/6) a solução de rede 5G standalone privativa implementada no governo norte-americano. A tecnologia, também conhecida como 5G puro, utiliza uma infraestrutura criada exclusivamente para o funcionamento do 5G. A demonstração foi feita pela empresa finlandesa Nokia – a visita estava programada na agenda oficial da comitiva, em viagem para aprofundar os diálogos sobre a tecnologia 5G.
Para apresentar a experiência, focada em segurança cibernética, a empresa utilizou a faixa de 700 MHz, a mesma que já foi destinada no Brasil para a rede privativa de uso dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. As redes privativas são isoladas da rede de telecomunicação normal e livre de interferências.
O líder técnico de Vendas Wireless da Nokia, Dharmesh Tyagi, explicou que o acesso à rede demanda aparelhos habilitados e protocolos específicos. "Não é qualquer pessoa que pode usar o dispositivo nesta rede privativa de 5G", enfatizou. Para que aparelhos móveis tenham acesso à rede, é preciso um SIMCard, conectado a uma frequência da rede privativa em ambiente seguro.
Já os computadores precisam de protocolos específicos para acessar a rede privativa. "Com isso, transformarmos os computadores em uma rede privativa possibilitando um ambiente completamente seguro e separado”, destacou o CTO da Nokia para América Latina, Wilson Cardoso.
A demonstração feita evidencia que é tecnicamente possível uma rede como a pretendida com o leilão do 5G, além de ter inúmeros benefícios para os serviços estratégicos e críticos do Estado
- Artur Coimbra
Na demonstração, a rede de 5G testada apresentou capacidade para até cem mil assinantes. Cada aparelho tem capacidade para 400 usuários, simultaneamente. Dessa forma, para cobrir a área do Plano Piloto, em Brasília/DF, seriam necessários 50 desses equipamentos, além de dongles – que são modens para serem plugados em computadores. Essa cobertura da rede privativa móvel, limitada ao Distrito Federal, é prevista no edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O secretário de Telecomunicações do MCom, Artur Coimbra, que esteve presente na reunião destacou que a solução apresentada servirá como exemplo para o Brasil na criação da rede privativa. "A demonstração feita evidencia que é tecnicamente possível uma rede como a pretendida com o leilão do 5G, além de ter inúmeros benefícios para os serviços estratégicos e críticos do Estado".
Texto: ASCOM/Ministério das Comunicações
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