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INOVAÇÃO
Anatel abre consulta pública sobre a sexta geração de Wi-Fi
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a realização de consulta pública sobre os requisitos técnicos para o Wi-Fi 6, conexão que oferece mais velocidade e suporte a múltiplos aparelhos. A proposta, que receberá contribuições até o dia 24 de abril de 2021, trata do uso da radiofrequência utilizada pela sexta geração de Wi-Fi. Depois da consulta pública, a área técnica da Anatel fará a análise e submissão das propostas ao Conselho Diretor.
O relator da matéria, Emmanoel Campelo, explicou que, em 2019, o Wi-Fi estava presente em 80% das casas brasileiras que contavam com banda larga. Segundo Campelo, estima-se que o 5G demandará 71% de *offload da rede móvel no mundo em 2022. Conforme as projeções da Anatel, o Brasil terá 755,1 milhões de dispositivos conectados em 2023 – quase 50% a mais do que em 2018. No mesmo período, o aumento do número de pontos de acesso Wi-Fi deverá ser de 500%.
Assim como o 5G traz consigo uma revolução da conexão móvel, o Wi-Fi 6 também revoluciona a conectividade sem fio. Entre os avanços, estão a melhoria na velocidade e o suporte a vários dispositivos, com a menor interferência possível. Enquanto o Wi-Fi 5 é capaz de chegar a 3,5 Gb por segundo, a sexta geração atinge 9,6 Gb por segundo.
Hoje, por exemplo, o desempenho pode reduzir se uma pessoa estiver jogando online e outra assistindo a vídeos sob demanda. A nova tecnologia será capaz de dividir melhor a capacidade a depender das necessidades de cada aparelho.
Tecnologia 5G - Segundo o relator, a nova geração de Wi-Fi tem papel significativo para o funcionamento do 5G, uma vez que a rede móvel se utiliza de conexões locais para não sobrecarregar as demais. Os smartphones, por exemplo, se conectam a redes sem fio das operadoras para descongestionar o 4G.
Para participar desta e de outras consultas públicas da Anatel, é só acessar o site da agência clicando neste link.
*Offload: é a utilização de pontos de acesso a redes sem fio para descongestionar as redes móveis. Um exemplo são as redes de Wi-Fi disponibilizadas por operadoras, que se conectam aos celulares para reduzir o tráfego de dados no 3G e 4G.
*Texto: Fernando Caixeta, do Ministério das Comunicações