Natureza e Cultura na Conquista da América, séculos XVI ao XIX
Resumo
O conhecimento acerca das possessões ultramarinas tornou-se imprescindível para garantir a permanência das novas sociedades que se constituíram a partir do processo de ocupação da América pelos europeus. As práticas científicas que permitiam controlar as informações sobre as condições de navegação, as características das diversas regiões, identificando suas peculiaridades físicas e climáticas, as espécies da flora e da fauna tiveram lugar importante no estabelecimento das novas sociedades no continente americano desde o início de sua ocupação pelos portugueses e espanhóis, seguidos pelos franceses, ingleses e neerlandeses.
Os registros sobre as novas descobertas, bem como as informações sobre a natureza americana, faziam parte dos relatórios, cartas e roteiros produzidos por diversos agentes envolvidos com expansão portuguesa. Esse conhecimento era produzido por homens com formações diversificadas: cosmógrafos, cartógrafos, geógrafos, teólogos, filósofos naturais, comerciantes, médicos e missionários, para citar o mínimo. A ocupação e a conquista do Novo Mundo implicaram na utilização de diversos mecanismos de dominação, entre eles coletar e controlar as informações geográficas das áreas anexadas.
Sendo assim, o escopo central deste projeto de pesquisa, que se desdobra em temas diversos, é desenvolver estudos que analisem o papel da produção de conhecimento da astronomia de posição e de história natural inseridos no processo de colonização e conquista do continente americano entre os séculos XVI e XVIII. A astronomia de posição aparece como um saber privilegiado e acredita-se que a circulação de indivíduos e artefatos conjugava-se com as estratégias estatais de controlar e conhecer as potencialidades das terras distantes transformando-as em territórios ultramarinos.
Equipe
Heloisa Meireles Gesteira (coordenadora); João Medina (PCI); Layla Freitas de Matos (PIBIC) e Cauê Barros Martins (PIBIC)