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Coordenador da Rede de Patrimônio Climático faz visita técnica ao MAST
Patrícia Spinelli, Mauro Garcia Santa Cruz, Larissa Medeiros e Ana Cristina
Coordenador da Rede de Patrimônio Climático, o arquiteto e professor argentino Mauro Garcia Santa Cruz, esteve na tarde desta quarta-feira (6) no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) para uma visita técnica em que foram traçadas metas para estabelecer ações conjuntas sobre mudanças climáticas e a contenção de emissão de carbono. A visita ocorre durante a realização de um encontro do G20, em Salvador, Bahia, quando serão discutidas metas ambientais que serão levadas para a Cop 30, que irá ocorrer em novembro do ano que vem em Belém, no Pará.
Representante do MAST durante a visita técnica, a astrofísica Patrícia Spinelli antecipou que está em estudo a realização de uma exposição no MAST em 2026, que terá como tema ações relacionadas ao clima e à meteorologia - usando o acervo do MAST: "trata-se de um debate contemporâneo e o MAST, como uma instituição de Ciência e Tecnologia, não poderia ficar de fora", disse Spinelli.
Coordenadora de História da Ciência do MAST, Larissa Medeiros acrescentou que hoje há uma certeza no mundo científico de que a mudança climática e o aumento da temperatura são resultados da ação do ser humano: "por isso, a participação do MAST na Rede de Patrimônio Climático é uma importante iniciativa de gestão", revelou.
Mauro Garcia Santa Cruz, que é diretor do Instituto de Pesquisa em Arquitetura e Território da Universidade Católica de La Plata, acrescentou ainda que visitas como a ocorrida ao MAST são importantes para que se definam estratégias de ação que busquem caminhos para ações globais de combate à emissão de carbono: "há trabalhos difundidos sobre o plantio de árvores nativas, educação ambiental e preservação de patrimônio climático que são desenvolvidos entre os mais de 90 filiados da América Latina e do resto do mundo", explicou.
Empoderamento contra o aquecimento global
A Rede Patrimônio Climático é uma entidade internacional instituída em 2019 em Edimburgo, no Reino Unido, que tem como objetivo transformar organizações governamentais, não governamentais, universidades e museu, numa rede de empoderamento que faça frente à galopante mudança climática que ameaça o planeta. Para disseminar a cultura e o conhecimento sobre o tema usma-se pautas como as artes, cultura criativa, sítios patrimoniais, arqueológicos e culturas indígenas, entre outros.
A entidade reúne entre seus membros universidades, organizações de pesquisa, instituições culturais, ONGs, sociedade civil, empresas, artistas e designers instalados na África, estados árabes, Ásia, Europa, América Latina e Caribe e América do Norte.
No Brasil, além do MAST, a Casa de Oswaldo Cruz e a Fundação Oswaldo Cruz integram a Rede de Patrimônio Climático.
Plano diretor
A adesão do MAST à Rede não se dá ao acaso. A defesa do meio ambiente e à causa climática são temas integrantes do Plano Diretor do MAST (2022/2026). Que diz, na alínea 2.1:
"(...) um apelo global à ação para erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade".
O objetivo bianual da Rede Patrimônio, lançado em 2022 e que se encerra no final deste ano, já foi alcançado: empoderar pessoas em todo o mundo para que se possa imaginar um futuro com baixa emissão de carbono. No próximo biênio, novas e ambiciosas metas serão lançadas.