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Artefatos do INT são doados ao acervo do MAST
Iêda Caminha, do INT e Marcio Rangel, do MAST assinam parceria entre as duas instituições
Na presença de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), foi inaugurada na tarde de quarta-feira (18) a exposição "O Instituto Nacional de Tecnologia: Uma trajetória de inovação contada pelos artefatos". Durante o evento, discursaram a diretora do INT, Iêda Caminha, e o diretor do MAST, Marcio Rangel. Na ocasião, foi anunciada a transferência de 160 peças do INT, das quais 20 estão expostas, e que a partir de agora fazem parte do acervo do museu.
Marcio Rangel salientou que a transferência ocorre após mais de 20 anos de colaboração entre o MAST e o INT para levantamento dos artefatos de valor histórico que foram usados no Instituto em seus diversos laboratórios. A partir daí, houve um intenso trabalho de identificação e seleção de objetos que não mais estavam em uso e, por isso, poderiam compor o patrimônio material de ciência e tecnologia da instituição.
- Esta transferência de artefatos que ajudam a contar a história da Ciência e Tecnologia no país está diretamente vinculada à missão do MAST de salvaguardar o patrimônio de C&T brasileiro. E aqui, além de um centro de memória, é também um local de divulgação do conhecimento e de fortalecimento do prestígio dos institutos de pesquisa do MCTI.
Iêda Caminha destacou a satisfação por testemunhar a salvaguarda de itens tão importantes para a história do INT e do desenvolvimento tecnológico e científico do país, ficando à disposição do público para visitação e pesquisa.
Óleo de Lobato
A partir de agora, quem vier ao MAST vai poder conhecer objetos utilizados nas primeiras pesquisas realizadas no país, no século passado, na busca pelo petróleo em solo. Há, por exemplo, amostras denominadas "Óleo de Lobato" que são embalagens que contém óleo diesel, gasolina, parafina e outros compostos produzidos a partir da extração do petróleo. A coleta foi realizada em 1939, no bairro de Lobato, nas proximidades de Salvador, na Bahia.
Para se ter uma ideia da dimensão deste feito no país, há, na exposição, uma reprodução da capa do jornal A Noite, edição de 24 de janeiro de 1939. O impresso destaca que a descoberta poderia alavancar a economia do país e contribuir para o desenvolvimento tecnológico.
A fala, no jornal, de um dos técnicos que participaram da exploração, doutor Leonardo Fróes, dá a dimensão do entusiasmo: "o maior acontecimento econômico da atualidade, destinado à repercussão extraordinária em todo o mundo".
Além da amostra dos óleos, a exposição trouxe o sofisticado Aparelho de Orsat. O equipamento absorve seletivamente o gás na atmosfera identificando seu volume e percentual.
Outras presenças
Também estiveram presentes ao evento de abertura da exposição e doação do acervo Vinícius Moraes de Almeida, coordenador geral de Tecnologia Social e Economia Solidária, que representou o secretário de Ciência e Tecnologia (MCTI), Inácio Arruda; Fábio Staude, coordenador-geral de Ciência e Tecnologia Nucleares, da Comissão Nacional de Energia Nuclear, que representou o presidente do CNEN, Francisco Rondinelli Júnior; e os coordenadores do MAST, Marcos Granato, da Museologia, e Moema Vergara, coordenadora substituta de História da Ciência.
Pelo Instituto Nacional de Tecnologia compareceram Márcia Oliveira, diretora substituta do INT; Andrea Farias, coordenadora de Tecnologia Química; e Maurício Monteiro, coordenador de Planejamento Tecnológico.
A exposição é gratuita e estará à disposição do público no andar térreo do edifício sede do MAST que fica na Rua General Bruce, 586, em São Cristóvão. A visita poderá ser feita das 9h às 17horas de terça-feira a sábado.