Notícias
Assinatura de convênio entre o MAST e a Secretaria de Cultura do Município de Vassouras
Pedro Marinho, Larissa Medeiros, José Benito Yarritu Abellás (MAST), José Luiz Medeiros Júnior (diretor geral da secretaria de Cultura de Vassouras) e Magno Borges (bolsista MAST). Foto Charles Silva (SECOM MAST)
Na manhã desta sexta-feira, dia 26 de abril, o diretor geral da secretaria de Cultura de Vassouras, no Rio de Janeiro, José Luiz Medeiros Júnior, assinou o convênio com o MAST que pretende ajudar a difundir a História do Ciclo do Café e da Construção da Ferrovia Serra do Mar. O café, por mais de um século, foi a principal pauta de exportação para a região e país. A assinatura do convênio foi conduzida pelo coordenador de Documentação e Arquivo (CDA) do MAST, José Benito Yarritu Abellás, e contou com as participações da também coordenadora de História da Ciência do museu, Larissa Medeiros, do bolsista Magno Borges e do pesquisador, Pedro Marinho.
O acordo assinado prevê a elaboração de painéis iconográficos a serem levados, numa exposição itinerante, para as casas de cultura, escolas e demais equipamentos públicos daquela cidade localizada na região centro-sul do Estado. Os painéis contarão a história do ciclo do café que, por 130 anos (1800 a 1930), foi o principal produto de exportação do país. José Benito Abellás disse que a assinatura do acordo é de grande importância por ajudar a reafirmar o MAST como um centro de memória e por difundir a cultura e o conhecimento histórico na região da Serra do Mar.
A base do crescimento de Vassouras ocorre a partir da construção da Ferrovia da Serra do Mar - considerada uma obra de engenharia das mais difíceis por exigir locomotivas capazes de acessar locais íngremes e inacessíveis até então - disse o pesquisador Pedro Marinho.
- Por muitos anos, até o início da construção da ferrovia em 1855, as sacas de café eram transportadas em lombos de mula de Vassouras até o porto do Rio de Janeiro - lembrou o subsecretário José Luiz Medeiros.
Pedro Marinho acrescentou que o túnel construído durante a obra, com 2.236 metros de extensão, figurou por mais de um século como o maior do país.
Ele explicou o esforço que empregou nesta pesquisa: venho desenvolvendo este trabalho desde o meu doutorado. O desafio principal tem sido a tradutibilidade da linguagem acadêmica para a divulgação científica.
Nascido em Vassouras, o bolsista e pesquisador Magno Borges acrescentou que o túnel foi construído com mão de obra escrava e com o uso de picaretas:
- Tal obra ajudou o país a ampliar as exportações e a desenvolver-se economicamente - disse. Acrescentando que a ferrovia ofereceu aos chamados "pés descalços", os moradores mais pobres, um transporte mais rápido e seguro nas viagens entre Vassouras e a capital do Rio de Janeiro.