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No Dia do Biólogo, conheça a trajetória de Helmut Sick
Cerca de 20 mil documentos sob guarda do MAST contam a vida e a trajetória do ornitólogo e naturalista alemão Helmut Sick. Além de descobrir e descrever inúmeras espécies novas de aves tropicais, foi o primeiro a escrever de maneira mais aprofundada sobre as aves brasileiras ameaçadas de extinção, contribuindo com seu engajamento para a preservação do habitat dessas espécies.
Foi diretor da seção de ornitologia do Museu Nacional de Viena, que guardava a maior coleção de aves sul-americanas da Europa. Já no pós-guerra, foi contratado como naturalista da Fundação Brasil Central, e, posteriormente, como pesquisador no Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde se aposentou em 1981. Um ano depois iniciou sua obra mais importante: “Ornitologia brasileira, uma Introdução”, publicada em 1985.
Seu histórico é impressionante: comandou expedições em todas as regiões do Brasil, catalogou mais de 3000 exemplares de aves, 840 de mamíferos e répteis, 860 de artrópodes e 870 de plantas. Coletou mais de dez novas unidades taxonômicas de plantas e mais de cinquenta animais. Em sua última grande expedição, de 1978, descobriu a pátria da arara-azul, a Anodorhynchus leari, no Raso da Catarina, Bahia.
O arquivo pessoal - repleto de textos, fotos e desenhos, entre outros - de Helmut Sick está em processo de organização pelo Arquivo de História da Ciência. Para consultar, é necessário fazer um agendamento prévio.