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Em 18 de junho de 1913 era regulamentada a Hora Legal Brasileira
A história dos relógios acompanha a própria história da civilização. Com o crescimento das cidades e a necessidade de comunicação entre elas, foi preciso padronizar o tempo.
No Brasil, como explica Terezinha de Jesus Alvarenga Rodrigues no livro “Observatório Nacional - 185 anos”, “a necessidade de formalização de um horário civil já era sentida no período após a Independência, em 1822, com o aumento do fluxo de embarcações no Porto do Rio de Janeiro”. A hora Legal Brasileira, no entanto, só seria regulamentada em 18 de junho de 1913, pelo decreto nº 10.546, que atribuiu ao Observatório Nacional (ON) a responsabilidade por sua geração, conservação e disseminação para todo o país.
A torre de sinalização da hora é um dos símbolos dessa época. Foi uma das primeiras estruturas do ON a ser montada em São Cristóvão, onde se encontra atualmente. Nela ficava um balão que, cinco minutos antes das 12h, era inflado e elevado a 80 cm de altura no mastro. Quando dava a hora certa, o balão era esvaziado.
Ainda de acordo com o livro, “No Observatório Nacional, até o início da década de 1960, a hora era determinada pela passagem, pelo meridiano local, de estrelas previamente catalogadas. O instante fornecido por uma pêndula, e depois pelo relógio de quartzo, era associado às medidas de ascensão reta de 10 e 20 estrelas observadas por noite e convertido em hora média local. As observações eram realizadas em lunetas meridianas instaladas em pavilhões apropriados ao movimento do instrumento, limitado ao plano do meridiano local, que se estende em direção norte/sul. No mesmo pavilhão estava instalado um cronógrafo, que reproduzia o sinal do segundo transmitido pela pêndula da Sala da Hora.” É também a partir da década de 1960 que os relógios atômicos tornam-se padrão de frequência. Atualmente, a Horal Legal Brasileira (HLB) é gerada de um conjunto de sete padrões atômicos de maser de hidrogênio.
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