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No centenário de Rio Nogueira, conheça um dos pioneiros da previdência no Brasil
Quase 1.500 documentos, entre imagens e textos, compõem o acervo do matemático e estatístico Rio Nogueira. O arquivo destaca aspectos da vida pessoal desse profissional que começou a dar aula aos 22 anos, como professor do curso de Cálculo de Probabilidades oferecido pela Universidade do Brasil. Depois, foi habilitado no concurso para professor catedrático da primeira cadeira de Matemática da Escola Nacional de Agronomia da Universidade Rural. Na sua trajetória, passou por universidades como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), Escola Nacional de Ciências Políticas e Econômicas, vinculada ao IBGE, e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), onde foi um dos fundadores.
Mas não foi só na sala de aula que seus trabalhos ficaram marcados. Ele teve ainda uma atuação pioneira em grande parte da estrutura previdenciária brasileira. A qualidade dos trabalhos por ele realizados fez com que passasse a auxiliar o governo brasileiro em questões da área, tendo atuado em diversas comissões governamentais e assessorado o Ministério do Planejamento em assuntos técnicos de economia, previdência e cálculo atuarial.
Como afirma o inventário do seu acervo, disponível na Base Zenith, a base de dados dos arquivos de História da Ciência do MAST: “Utilizando seus conhecimentos de matemática e estatística para equacionar questões e consolidar o estudo da previdência no Brasil, Rio Nogueira tornou-se uma das maiores autoridades no assunto, sendo considerado peça central na construção técnica do sistema previdenciário brasileiro, cujo modelo adotado, reconhecidamente original, diferenciava-se dos outros pensados e adotados nos Estados Unidos e alguns países da Europa.