Notícias
MAST inaugura duas exposições
Para comemorar o Bicentenário da Independência, o MAST inaugurou as exposições “Um Mapa para a República” e “Produzindo Ciência: a Fábrica de Aparelhos da Escola de Engenharia de Juiz de Fora”, na última quinta-feira, dia 4. Para marcar esse momento, o museu realizou um evento de abertura que teve a participação do secretário-executivo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Sérgio Freitas, o diretor do MAST, Marcio Rangel, e os curadores Moema Vergara e Paulo Noronha. Participaram ainda a diretora do CETENE, Giovanna Machado; a diretora do IBICT, Cecília Leite; a diretora do CETEM,, Silvia França; a diretora do INT, Yêda Caminha; o diretor da Faculdade de Engenharia da UFJF, Marcos Borges, além de demais autoridades.
O secretário executivo do MCTI, Sérgio Freitas, lembrou da importância dos eventos em homenagem ao Bicentenário da Independência e de entender o desenvolvimento científico nacional.
“Temos muito entusiasmo e carinho em apoiar todas as iniciativas que se destinam a mostrar como tem sido o Brasil nesses 200 anos. O que aconteceu em cada uma dessas áreas. E aqui no Museu de Astronomia e Ciências Afins foi organizada essa mostra com dois temas bem diferentes entre si, mas que se destinam a falar um pouco da ciência e da tecnologia desenvolvida. São duas coisas bem específicas que vão ser exibidas aqui, mas que têm um valor imenso para entender o que foi feito ao longo do tempo”, ponderou o secretário-executivo.
Já o diretor Marcio Rangel reforçou que o resultado dessas exposições é fruto de atividades coletivas desenvolvidas não só pelos pesquisadores da casa, mas também pelos bolsistas do Programa de Capacitação Institucional (PCI). Ele ainda reforçou o papel do MAST em refletir sobre o desenvolvimento e analisar criticamente como a ciência se desenvolveu no nosso país.
“Fica muito evidente o papel fundamental e crucial da ciência brasileira na construção da nossa identidade, na demarcação das nossas fronteiras e na constituição do Brasil como uma nação”, afirmou o diretor que ressaltou ainda que a iniciativa foi calcada nas equipes da casa, na produção das pesquisas aqui desenvolvidas e nas parcerias firmadas com outras instituições.
A curadora de “Um Mapa para a República”, Moema Vergara aproveitou para frisar a importância do trabalho de atores historicamente pouco reconhecidos na delimitação das fronteiras.
“Nossa motivação foi mostrar que algo tão familiar aos brasileiros é feito também pela ciência - o mapa nacional. Este mapa, reconhecido internacionalmente, é fruto do trabalho e do conhecimento de indígenas e descendentes africanos. A presença feminina também foi sublinhada, em um momento em que as mulheres ainda não tinham direito ao voto”, ressaltou a historiadora.
Por fim, o curador de “Produzindo ciência: a Fábrica de Aparelhos da Escola de Engenharia de Juiz de Fora”, Paulo Noronha, contextualizou a relevância dessa produção para o Brasil.
“Desde a criação da Escola de Engenharia, em 1914, é imediatamente estabelecida uma política institucional de aparelhamento e modernização de seus laboratórios através da importação de uma série de equipamentos científicos alemães, ingleses e especialmente o conjunto francês do fabricante Le Fils D'Émile Deyrolle . Nas décadas de 1930 e 1940, a Escola de Engenharia ganha expressivo impulso didático e científico, além de reconhecimento nacional com a criação de suas oficinas, e sua posterior transformação em fábrica de aparelhos e, depois, no Parque Tecnológico da Escola de Engenharia de Juiz de Fora”, concluiu.