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Mostra interativa IRIFI: Estrelas do Deserto
A partir desta sexta-feira (8), quem visitar a Cúpula do Salão Mauá no Palácio Quitandinha, localizado em Petrópolis, Rio de Janeiro, poderá conhecer o deserto do Saara, uma das regiões mais inóspitas do planeta. O local recebe a instalação IRIFI: Estrelas do Deserto, de autoria do artista e cineasta Felipe Carrelli, no âmbito da mostra interativa Ocupação Refúgio: Arte, Ciência e Tecnologia - Narrativas e Mediações em Tecnologia e humanidades.
A viagem imersiva permitirá ao público conhecer a região e o universo afetivo do povo Saaraui, que vive em situação de refúgio desde 1975 no Saara Ocidental. Será possível mergulhar nas lendas, mitos e conhecimentos sobre as estrelas, que ajudam a orientar os saaraui pelas planícies desérticas. O cineasta Felipe Carrelli é o responsável pela instalação do projeto, que conta com um programa educativo, do qual a astrofísica Patrícia Spinelli, pesquisadora da Coordenação de Educação e Popularização da Ciência do MAST, atua como coorganizadora. Ao longo da mostra, será possível participar de Observações do Céu a olho nu e oficinas virtuais para discutir a inclusão de estudantes imigrantes pela Astronomia. O programa educativo é composto por debates, oficinas e residências que mesclam tecnologia, arte, ciência e humanidades.
Os convidados vão contar sobre a experiência do grupo de voluntários do projeto GalileoMobile, que desenvolveu o projeto Projeto Amanar na região, o qual inspirou a criação da Instalação IRFI. Desde 2009, os voluntários popularizam a astronomia em cantos remotos do mundo onde os habitantes têm pouco acesso a esse tipo de iniciativa, e em 2019, a inciativa trabalho com jovens saarauis nas Ilhas Canárias e nos cinco campos de acolhimento perto de Tindouf, na Argélia.
A iniciativa conta com a participação da astrofísica Sandra Benitez Herrera, que foi pesquisadora bolsista do Programa de Capacitação Institucional no MAST entre 2015 e 2017 e é integrante do programa de divulgação GalileoMobile desde 2011. A astrofísica, junto com as pesquisadoras Patrícia Spinelli e Ana Paula Germano, foi uma das idealizadoras do projeto Meninas no Museu, ação realizada anualmente no Museu para promover debates e o compartilhamento de experiências de mulheres cientistas sobre a representatividade feminina nas suas áreas de atuação e de pesquisa.
O astrônomo Eduardo Monfardini Penteado, que também atuou como pesquisador no MAST na Coordenação de Educação e Popularização da Ciência, participa da iniciativa trazendo um debate sobre Etnoastronomia e a questão da divulgação científica com refugiados. O astrônomo é membro do grupo de divulgação científica GalileoMobile, e trabalha no Office of Astronomy Education, na Alemanha, da União Astronômica Internacional.
Para saber mais sobre mostra Ocupação Refúgio: Arte, Ciência e Tecnologia e a programação completa do evento, clique AQUI.