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Previsor de Marés: uma Preciosidade Histórica
O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) tem como uma de suas principais atividades a preservação de objetos e instrumentos científicos e tecnológicos procedentes de instituições de pesquisa como o Observatório Nacional, Instituto de Engenharia Nuclear, Centro de Tecnologia Mineral e Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Para apresentar mais uma de tantas relíquias sob a guarda da instituição, o MAST criou o projeto Olhares Sobre as Preciosidades do MAST, apresentando ao público as narrativas históricas e particularidades do acervo sob a perspectiva de especialistas responsáveis por sua conservação, preservação, estudos e história científica.
Desta vez a preciosidade é o Previsor de Marés, instrumento criado por William Thomson (mais conhecido como Lord Kelvin), que no passado auxiliou na previsão numérica dos níveis das marés oceânicas em diferentes portos brasileiros. Adquirido pelo Observatório Nacional na década de 1920, o aparelho funcionou de 1927, ano em que chegou ao Rio de Janeiro, até o final da década de 1960, quando o serviço de previsão de marés passou a ser exercido pela Marinha com o auxílio de computadores.
Para contar mais sobre o instrumento e abordar algumas curiosidades sobre ele, na próxima terça-feira (06), o projeto Preciosidades traz um bate-papo com a museóloga Maria Lúcia de Niemeyer M. Loureiro, Mestre em Preservação de Acervos de Ciência e Tecnologia (MAST), a pesquisadora Claudia Sá Matos, bolsista da Coordenação de Educação e Popularização em Ciências do MAST, e também do físico e educador Carlos Ziller Camenietzki, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A mediação será feita por Moema de Rezende Vergara, Chefe do Serviço de Comunicação do MAST. A transmissão será feita por meio do Canal do MAST no Youtube
Ao longo do encontro, os participantes vão detalhar a história do objeto sob uma perspectiva cultural, proposta pelo antropólogo Igor Kopytoff (1930-2013) na “Biografia Cultural das Coisas”. Durante a conversa on-line será mostrada a trajetória do ‘previsor Kelvin’ e a maneira como o equipamento simplificou muito o modo de obtenção das marés, facilitando os cálculos e permitindo uma precisão muito grande nos horários das marés alta e baixa para qualquer porto do planeta.
Para iniciar essa rica viagem por mais uma preciosidade sob a guarda do MAST, o técnico em conservação Ricardo de Oliveira Dias, que integrou a equipe da Coordenação de Museologia conta um pouco sobre como colaborou na identificação, descrição e conservação do objeto visando prolongar a vida do equipamento. Confira: