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Exposição exibe objeto de mapeamento 3D do Universo
A exposição “ Observatório Nacional – 190 anos: uma viagem no tempo e no espaço ” . apresenta, pela primeira vez no Brasil, um emblemático objeto utilizado no projeto Sloan Digital Sky Survey (SDSS). O SDSS é uma colaboração internacional, com participação do Observatório Nacional, que vem fornecendo para a comunidade científica imagens profundas e espectros de galáxias em cerca de um terço do céu, dados que hoje constituem o mapeamento tridimensional mais completo do Universo.
O principal telescópio do SDSS está localizado no Novo México (EUA) e possui espelho primário de 2.5m de diâmetro, sendo considerado o telescópio cientificamente mais produtivo de toda a história da Astronomia. A placa de alumínio que está exposta no Museu Histórico Nacional foi utilizada para a obtenção de espectros de mil galáxias em uma única observação, em uma técnica chamada de espectroscopia multi-objeto.
Em cada um dos cerca de mil orifícios da placa, usinados com alta precisão mecânica, um cabo de fibra óptica é conectado manualmente, de modo que a luz proveniente de cada galáxia de interesse seja direcionada para alimentar um espectrógrafo. Por sua vez, o espectrógrafo decompõe a luz incidente, produzindo dados que permitem, por exemplo, determinar a abundância de elementos químicos, a taxa de formação estelar e a distância da galáxia em questão.
Na mostra, a placa exposta será a de número 5791, utilizada no Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS), um subprojeto do SDSS, que corresponde ao campo delimitado pelo círculo na imagem abaixo:
O BOSS tem como principal objetivo levantar características da chamada energia escura, que constitui cerca de 68% do Universo e é responsável pela aceleração da sua expansão. Também a partir do número da placa, é possível ver as observações de cada galáxia no campo. Clique AQUI e veja os resultados.
A exposição acontece de 23 de novembro de 2017 à 25 de fevereiro de 2018, no Museu Histórico Nacional, e faz parte das comemorações pelos 190 anos do Observatório Nacional (ON). A instituição é associada ao SDSS, colaborando com a análise científica dos dados obtidos no projeto e na sua distribuição para a comunidade científica internacional. Após o término da mostra, a placa 5791 do SDSS passará pelo necessário processo de avaliação para fazer parte do acervo permanente do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST).