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O mundo contemporâneo e os desafios da restauração
Professora emérita da Cátedra Creci, da UNESCO, Teresa Toca Porraz proferiu ontem a aula inaugural do curso de Pós-Graduação em Museologia, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), falando sobre os desafios da restauração de obras de arte na atualidade. "A arte contemporânea é muito difícil de conservar porque muitas vezes ela é construída a partir de materiais efêmeros. Uma obra tem seu tempo de vida, assim como nós".
Teresa Toca, que é doutora em conservação e restauração de bens culturais pela Universitat Politàcnica de Valencia, na Espanha, foi professora em várias instituição de ensino superior e diretora da Licenciatura em conservação e restauração de bens móveis do Instituto Superior de Arte de Havana. Ela relatou algumas das dificuldades e soluções que encontrou para restaurar obras de artes.
Teresa finalizou a palestra afirmando que não há restauração sem transformação e citou o conselho que ouviu de índios do norte do México, fabricantes de cestos, sobre a conservação desses objetos: "Quando os cestos de palha se estragam eles são abandonados, nunca destruídos, e espera-se que eles se desintegrem e voltem à terra de onde saíram". Para a professora, uma obra tem seu tempo de vida, assim como as pessoas.