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MAST debate evolução da pós-graduação no Brasil
Professor da École des Hautes Etudes - CESSP/Paris - o doutor Afrânio Garcia Junior analisou hoje, 16 de março, em conferência realizada no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), a evolução no Brasil dos cursos de pós-graduação em ciências sociais e humanas, a partir da criação desses cursos nos anos 1960.
Segundo ele, dois fatores mudaram as ciências sociais no país: a implantação de pós-graduação e o desenvolvimento de pesquisas sendo realizadas juntamente por docentes e estudantes, e a ampla circulação de bolsistas brasileiros em instituições de ensino de diversos países, resultando na profissionalização do professor pesquisador. "Hoje, os padrões pagos no Brasil não estão tão distantes dos praticados no exterior como estavam nos anos 1950", assegurou Afrânio Garcia Junior.
O professor citou em sua palestra a expansão dos programas de pós-graduação a partir de 1968, quando o CNPq e a CAPES abriram o leque de seus apoios para as ciências sociais e salientou o papel da Fundação Ford, que chega no Brasil disposta a apoiar esses programas. A Fundação, ao adotar padrões internacionais de avaliação, induziu outros atores, como o CNPq e a CAPES a adotar padrões semelhantes.
A conferência foi promovida pela Coordenação de História da Ciência e Tecnologia do MAST.