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Em defesa do Patrimônio Cultural da C&T
Profissionais que atuam em universidades, instituições de pesquisas, de preservação e em museus, assinaram na última sexta-feira (21), no Museu de Astronomia e Ciências Afins - MAST, a Carta do Rio de Janeiro sobre Patrimônio Cultural da Ciência e Tecnologia, documento que tem como objetivo contribuir para a preservação do patrimônio brasileiro em C&T.
Reunidos no seminário Patrimônio Cultural da Ciência e Tecnologia: construindo políticas para novos patrimônios, especialistas lembraram que grande parte desse patrimônio já se perdeu e muito material que faz parte da história da C&T continuam sendo descartado. "Pesquisas acadêmicas vêm demonstrando que esses bens culturais correm sério risco de desaparecimento, e que já há amplas lacunas na representatividade dos bens que vem sendo preservados até o presente", afirmou Marcus Granato, coordenador de Museologia do MAST.
Para reverter esse quadro, a Carta do Rio de Janeiro indica a necessidade de estimular o debate sobre o patrimônio de C&T; incentivar a criação de políticas públicas para a identificação, preservação e divulgação desse patrimônio; promover a cultura científica, através de pesquisa e a cultura de preservação dos bens culturais da ciência e da tecnologia.
Patrimônio Cultural da Ciência e Tecnologia e seus desdobramentos
Os primeiros passos neste sentido foram dados no próprio seminário: divididos em grupos, os participantes definiram ações e previsão de resultados para os próximos três anos, nos seguintes eixos de trabalho: divulgação; ações políticas, visando o apoio de instituições à preservação do patrimônio de C&T; ações educativas, e organização de eventos.
A Carta foi assinada por profissionais que atuam nas seguintes instituições: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Museu de Astronomia e Ciências Afins (MCTIC), Fundação Oswaldo Cruz (Ministério da Saúde), Fundação Casa de Rui Barbosa (Ministério da Cultura), Museu de Geodiversidade (UFRJ), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ministério da Cultura), Centro de Pesquisas em Energia Elétrica (Ministério das Minas e Energia), Instituto Nacional do Câncer (Ministério da Saúde) e Fundação de Apoio à Escola Técnica - FAETEC (Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro).
A elaboração do documento foi uma decisão tomada durante o IV Seminário Internacional Cultura Material e Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia, realizado no MAST em dezembro de 2016.