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Começa a 6ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica
Foi dada a largada para a 6ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA). A cerimônia de abertura, que reuniu 150 estudantes de 27 países, aconteceu na última segunda-feira, 6 de agosto, no Planetário da Gávea. Durante a cerimônia, que contou com o desfile oficial das delegações, índios da tribo Desana fizeram uma apresentação especial para mostrar um pouco sobre como os povos que habitavam o Brasil antes da colonização observavam e identificavam as constelações. O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) é uma das instituições que organizam a competição.
Entre as autoridades presentes no evento de abertura estavam: Maria Margaret Lopes, Diretora do MAST, Celso Cunha, Presidente da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, Sergio Luiz Fontes, Diretor do Observatório Nacional, o pesquisador Albert Bruch, ex-Diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica, João Batista Garcia Canalle, Coordenador Nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia, Thaís Mothé, coordenadora da edição brasileira da Olimpíada Internacional de Astronomia e Ildeu Moreira, Diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do MCTI. Ildeu representou o Ministro do MCTI, Marco Antonio Raupp.
A Olimpíada de Astronomia reúne estudantes do ensino médio, com idade entre 14 e 18 anos. Entre as muitas nações representadas estão os Emirados Árabes, Irã, China, Polônia, Lituânia, Bangladesh, Bolívia, Chile, Grécia e Portugal. “Temos sempre em mente que estamos em uma competição, mas a oportunidade de conviver com pessoas de tantos lugares diferentes é uma experiência única. Conhecer culturas diversas é o primeiro passo para respeitarmos as diferenças”, diz Julio Campagnolo, primeiro estudante brasileiro a participar da Olimpíada Internacional de Astronomia, na Tailândia, em 2007. Na ocasião, ele conquistou a medalha de bronze. Além da disputa pelo lugar mais alto do pódio, a competição estimula a integração entre os diferentes povos representados.
Este ano, a equipe que irá defender o Brasil é formada por dez estudantes selecionados a partir da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), disputada anualmente no País desde 1998. São sete representantes de São Paulo, um de Minas Gerais, um do Ceará e um do Piauí.
A disputa pra valer acontece em Vassouras. De 7 a 12 de agosto, o município do inteiror do Rio, que nos tempos áureos do café, no século 19, era conhecido como a Cidade dos Barões, irá se transformar em uma espécie de capital da Astronomia. Além da competição, haverá eventos diários em diversos pontos da cidade. Todos gratuitos e abertos ao público em geral. Entre os destaques está a palestra do astronauta brasileiro Marcus Pontes, no dia 7, às 18h, na Rua Otávio Gomes, 430, Centro de Vassouras. Haverá ainda Mostra de Filmes Científicos, Planetário Inflável, Exposição de Meteoritos, Apresentação de Orquestra Sinfônica Jovem, entre outras atrações.
A cerimônia de encerramento e entrega de medalhas acontece no dia 13 de agosto, às 16h30, no Museu de Astronomia e Ciências Afins, que fica na Rua General Bruce, 586, Bairro Imperial de São Cristovâo. O evento contará com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
Modalidades astronômicas
Todos os estudantes competem nas três modalidades da competição. Na prova observacional, além de usarem telescópios para identificar corpos celestes, os estudantes vão utilizar raios lasers que deixam rastros luminosos no céu para apontar a posição de estrelas e constelações. Na prova teórica, irão resolver problemas de astronomia e astrofísica. E por fim, na prova prática, terão que interpretar dados extraídos de observações astronômicas, assim como fazem os astrônomos profissionais.
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Uma particularidade da organização da Olimpíada de Astronomia é que cada país participante deve se comprometer com a realização de uma edição da competição, arcando com todas as despesas relativas à estadia dos participantes e organização geral do evento. Para tal, é necessário o apoio de diferentes setores da sociedade. A missão de apoiar o espírito olímpico e acolher equipes de 32 países no Brasil tem o envolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de seus institutos de pesquisa e divulgação em astronomia: o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e o Observatório Nacional (ON). Também apóiam o evento o Ministério da Educação, o governo do estado do Rio e as prefeituras do Rio de Janeiro e de Vassouras (RJ).
A partir da esq., Maria Margaret Lopes, Diretora do MAST,
Sergio Luiz Fontes, Diretor do Observatório Nacional e o
pesquisador Albert Bruch, ex-Diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica.
Celso Cunha, Presidente da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro.
Ildeu Moreira, Diretor do Departamento de Popularização e
Difusão da Ciência e Tecnologia do MCTI, que representou o Ministro do
MCTI, Marco Antonio Raupp.
Estudantes posam ao lado dos organizadores do Olimpíada e dos índios da tribo Desana.