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Novo estudo mostra que a variante Delta do novo coronavírus representa 86% dos genomas sequenciados no estado do Rio de Janeiro
O Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Cientifica - LNCC (unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI) tem atuado desde março de 2020 na vigilância genômica do coronavírus. Os genomas são sequenciados na unidade genômica, armazenados e processados no Supercomputador Santos Dumont.
O estudo divulgado pelo Corona-Ômica-RJ esta semana revelou o espalhamento cumulativo da detecção de amostras da variante Delta nos municípios do estado do Rio de Janeiro. A presença de pelo menos uma amostra positiva para a variante sequenciada é identificada no gráfico das cidades do estado, na cor vermelha.
As análises de vigilância genômica do estado do Rio de Janeiro revelaram um aumento expressivo da variante Delta no mês de agosto. Foram analisadas 377 amostras de portadores sintomáticos do vírus testados pelo Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ) e pela Unidade de apoio ao diagnóstico da COVID (UNADIG). Em junho de 2021, a Delta teve frequência relativa de 6% entre todas as amostras sequenciadas pelo projeto Corona-ômica-RJ e publicamente disponibilizadas no GISAID. Este número cresceu para cerca de 48% no mês de julho e nas duas primeiras semanas de agosto representa 86% dos genomas sequenciados no estado, com frequência maior que 1% na base de dados do GISAID. A variante Delta esteve presente em 87 dos 92 municípios desde o último mês e substituiu a variante Gamma.
O projeto é coordenado pela Rede Corona-ômica-RJ através da parceria com Laboratório de Bioinformática do LNCC , do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ , da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ .
Confira os resultados do sequenciamento genético do SARS-CoV-2 no site do projeto: http://corona-omica.rj.lncc.br/#/