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MCTI destaca papel de protagonismo da CNEN no cenário internacional, durante reunião bilateral da AIEA para AL e Caribe, em Viena
O reconhecimento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à capacidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) de liderar projetos bilaterais e de colaboração de forma eficiente e agregadora foi destacada, em forma de agradecimento, pela diretora de Tecnologia Social, Economia Solidária e Tecnologia Assistiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDES/MCTI), Sônia da Costa.
Foto: Ana Paula Freire Artaxo/CNEN
A intervenção foi feita durante Reunião Bilateral promovida pela Divisão para a América Latina e o Caribe, do Departamento de Cooperação Técnica da AIEA, nesta quinta-feira, 19, por ocasião da 68a Conferência Geral da AIEA, em Viena. Sonia da Costa também fez um agradecimento público à CNEN “por estar dando conta de todas essas demandas que o Brasil tem, de grande relevância nesse momento global, devido às mudanças climáticas”.
A diretora ressaltou o programa de combate à desertificação no Brasil, sob a responsabilidade da SEDES/MCTI, que envolve questões como recursos hídricos, os marcadores de identificação da temporalidade da água e o controle de saúde, todas muito importante ao país. “O desafio que estou trazendo também à CNEN é pensarmos de que forma podemos trabalhar com bioinsumos, tendo em vista que, no Brasil, há um grande desperdício de alimentos”, disse.
Sônia acredita que as tecnologias de processamento por radiação ionizante podem ajudar a minimizar esse desperdício, que corresponde a 30% de toda a cadeira produtiva, e otimizar o processo de desenvolvimento e produção de bioinsumos”, aumentando a durabilidade dos produtos in natura, durante o seu transporte entre as diferentes regiões do Brasil. “Acho que seria um desafio à CNEN estar pensando em aplicar as tecnologias nucleares na preservação de alimentos em escala comercial, impactando na redução dos desperdícios no país”.
Ao final, a diretora do MCTI comentou que o Ministério objetiva ampliar o compromisso de estruturar, em conjunto com a CNEN, a rede de pesquisa nacional, a partir desses conceitos estratégicos, no Brasil e na América Latina, em consonância com as diretrizes da AIEA. “Ter vindo para a Conferência me permitiu observar o quanto o nosso país está bem posicionado no cenário técnico-científico e dos serviços na área nuclear”.
Nesse contexto, Sônia ressalta a participação da CNEN em diferentes fóruns, destacando a contribuição da Autarquia para a elaboração do documento “Processos reguladores de autorização e inspeção de instalações de produção de radiofármacos com Cíclotron”, da série TECDOC da AIEA, lançado durante a Conferência Geral, “uma referência para a própria Agência, conforme pontuado em várias reuniões das quais participei”.
A 68ª Conferência Geral, que acontece no Vienna International Center, sede a AIEA, vinculada à ONU, em Viena, termina nesta sexta-feira, 20.