Arquivos do Jardim Botânico
O periódico Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi criado em 1915 pelo então diretor do Jardim Botânico, Antônio Pacheco Leão, com a finalidade principal de divulgar os estudos científicos realizados pelos cientistas e técnicos da instituição. Entre 1915 e 1933, foram publicados seis volumes; a partir de 1947, depois de um intervalo de 14 anos, publicaram-se mais 27 volumes, com o título já seguindo a nova ortografia. Em 1996 a publicação foi interrompida no volume 34 (parte 2).
Desde a sua criação, importantes botânicos divulgaram nesse periódico os resultados de suas pesquisas, em sua maioria estudos sobre a flora brasileira. O tema “sistemática de plantas” foi o mais freqüente. Entre os principais colaboradores, na primeira fase da publicação, destacam-se Alberto Loëfgren, Adolpho Ducke, João Geraldo Kuhlmann, Paulo Campos Porto e Fernando Rodrigues da Silveira. Seus estudos contribuíram particularmente para o avanço na taxonomia de famílias de elevada diversidade nos trópicos, tais como Cactaceae, Orchidaceae, Leguminosae e Eriocaulaceae e outras. Deve ser ressaltado o grande impacto da série iniciada por Adolpho Ducke, Plantes nouvelles ou peu connues de la région amazonienne, ainda hoje a mais expressiva contribuição para o conhecimento da flora amazônica depois da Flora Brasiliensis, de Martius.
Em volumes posteriores juntaram-se novos autores de grande relevância na botânica do Brasil, entre os quais Alexandre Curt Brade, Carlos Toledo Rizzini, Graziela Maciel Barroso e Edmundo Pereira com suas vastas contribuições em taxonomia, além de Fernando Romano Milanez, Armando de Mattos Filho e Paulo Agostinho de Matos Araújo na área de anatomia vegetal. Já em sua fase final, entre os anos 80 e 90, a revista foi o veículo princiopal de divulgação da produção científica de uma nova geração de botânicos envolvidos em estudos taxonômicos, anatômicos e fitogeográficos, formados, em sua maioria, sob a orientação de Brade, Graziela e Rizzini.
Ao longo dos seus 79 anos de existência, sobressaiu nos Arquivos a contribuição da comunidade científica nacional, embora vários botânicos estrangeiros tenham também divulgado artigos de elevada referência sobre plantas brasileiras. Em síntese, foram publicados 297 artigos de autoria de 139 botânicos e estudiosos de áreas afins, dentre os quais 115 brasileiros e 22 estrangeiros.
Hoje, depois de um hiato de 18 anos, consolidam-se os esforços para reativar a publicação, já no segundo semestre de 2012. A revista deverá ter como foco a publicação de textos revisionais e de textos oriundos de programas e projetos do corpo funcional do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e de seus parceiros, bem como a publicação de estudos de pesquisadores de outras instituições, tanto do Brasil como do exterior.
Arquivos do Instituto de Biologia Vegetal
Arquivos do Instituto de Serviço Florestal
Arquivos do Instituto de Biologia Vegetal
Em 1934, o Jardim Botânico ficou subordinado ao Instituto de Biologia Vegetal (IBV), entidade de pesquisa pura, responsável pelo lançamento do periódico científico Archivos do Instituto de Biologia Vegetal, que circulou de 1934 a 1938, que tinha como objetivo a publicação de trabalhos originais realizados por técnicos do instituto e cientistas externos à instituição.
Arquivos do Instituto de Serviço Florestal
Subordinado diretamente ao Serviço Florestal a partir de 1938, o Jardim Botânico iniciou a publicação de sua produção científica nos Arquivos do Serviço Florestal, editado por esse instituto e corrente de 1939 a 1957. Esse título veio substituir o periódico Archivos do Instituto de Biologia Vegetal, com os mesmos objetivos do título anterior, isto é, a publicação de trabalhos originais realizados por técnicos do instituto e por cientistas externos à instituição.