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Pesquisa mostra que Jardim Botânico do Rio é espaço ecológico e refúgio urbano no Rio para conservação de polinizadores, como abelhas
O arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um importante espaço ecológico na Cidade do Rio de Janeiro e funciona como refúgio urbano para os polinizadores, principalmente abelhas. A afirmação é dos biólogos Alexandra Aparecida Gobatto, da Escola Nacional de Botânica Tropical do JBRJ, Lucas Soares Chagas e Raphael de Souza Pereira, autores da pesquisa intitulada “É o arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro hotspot urbano para os polinizadores?”
No trabalho, publicado na última edição da revista Biodiversidade, da Universidade Federal de Mato Grosso, os pesquisadores ressaltam que os espaços verdes das cidades podem desempenhar o papel-chave de refúgios ecológicos e darem suporte para a conservação de polinizadores.
Vale lembrar que as abelhas são importantes agentes de transporte de pólen e fecundação das flores, etapa fundamental para a produção de frutos e vêm sofrendo “um trágico declínio populacional na última década”, de acordo com eles.
Os pesquisadores selecionaram 471 plantas de 157 espécies vegetais, e, no período de um ano, de agosto de 2015 a agosto de 2016, acompanharam, no arboreto do Jardim Botânico, o florescimento dessas plantas, seus atrativos florais e recursos oferecidos. Os resultados mostraram que outubro foi o mês com maior número de espécies floridas, seguido de agosto e dezembro.
Além disso, a maioria das flores produzidas no período estudado ofertou pólen e néctar aos visitantes, e as cores mais comuns foram o amarelo, branco, rosa e vermelho. Também a maioria das flores apresentou odor, sendo que metade exalou odores agradáveis, segundo os autores. O grupo predominante encontrado de polinizadores foi o das abelhas (62,9%).
- Diante desses resultados, concluímos que as espécies apresentaram recursos essenciais para atrair e atender diferentes grupos funcionais de polinizadores e, dessa forma, qualificar o arboreto do Jardim Botânico do Rio como refúgio urbano desses animais – ressaltam os pesquisadores.