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Orquidário do Jardim Botânico do Rio é reaberto ao público e apresenta beleza, diversidade e exuberância de flores
Publicado em
02/05/2022 15h09
Atualizado em
31/10/2022 12h38
Cerimônia de reabertura do Orquidário | Foto: Lucas Moraes
O Orquidário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi reaberto ao público neste domingo (1/5), depois de dois anos fechado. Um dos pontos mais visitados da instituição, o local passou por reformas no valor de cerca de R$ 300 mil. Os visitantes puderam apreciar novamente a beleza de parte do acervo, que conta, atualmente, com mais de 7.500 orquídeas de variadas origens, entre nativas, exóticas e híbridos, e suas flores deslumbrantes, com diversidade de cores, formas, tamanhos e aromas.
Mais de 2200 visitantes prestigiaram a reabertura, que teve edição especial do projeto Música no Jardim com apresentação do vibrafonista e compositor Arthur Dutra e do saxofonista Afonso Claudio. O evento contou com a presença do Cônsul Geral do Japão, Ken Hashiba, do presidente do Planetário do Rio de Janeiro, Gledson Machado, do diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Marcelo Bortolini, e do presidente do ICMBio, Marcos Simanovic, além dos diretores e da presidente do JBRJ, Ana Lúcia Santoro, e equipes envolvidas na reforma.
Na estufa de vidro do Orquidário, estão expostas 630 orquídeas. O local conta com placas informativas, que ajudam o visitante a aprender sobre as orquídeas e sua grande diversidade de espécies brasileiras, estrangeiras e híbridos. No setor das micro-orquídeas, por exemplo, uma lupa está disponível para o público apreciar a delicadeza das flores minúsculas, cujo tamanho varia de 2 milímetros a 1 centímetro. Já no “jardim dos sentidos”, os visitantes podem tocar nas plantas para sentir as diferentes texturas de flores e de folhas.
O paisagismo é apresentado em jardins suspensos. A organização das plantas é planejada com a finalidade de promover uma floração sucessiva ao longo das estações, possibilitando ao público aproveitar a diversidade de flores, cores e odores durante todo o ano. Nem todas estarão floridas ao mesmo tempo, uma vez que cada uma tem a sua época. No entanto, durante todo o ano, as diversas florações vão se suceder, como ocorre na natureza.
Segundo a curadora da Coleção de Orquídeas do JBRJ, Delfina Araújo, a ênfase dessa coleção está nas espécies brasileiras, muitas delas ameaçadas de extinção em seu habitat. "O objetivo primordial é manter a coleção científica, ou seja, aquelas plantas coletadas na natureza pelos pesquisadores e alunos da Escola Nacional de Botânica Tropical. Mas também queremos oferecer aos visitantes um deleite visual e olfativo. Mais do que isso, o nosso Orquidário tem função educativa, mostrando a grande diversidade de cores, formas e perfumes, e permite um rico passeio pelo universo das orquídeas - destacou Delfina.
Coleção do Orquidário do JBRJ
Espécimes (indivíduos): 7.523
Plantas nativas: 4.000 (das quais 1.400 indivíduos são advindos de coleta e formam a coleção científica) englobando 85 gêneros nativos e cerca de 419 espécies diferentes.
Plantas exóticas: 1.262
Híbridos: 2.261
Complexo do Orquidário - O Orquidário é composto de diversos espaços: além da estufa de vidro, conta com áreas externas (que serão abertas à visitação pública em breve) e locais de cultivo com acesso apenas para pesquisadores, duas estufas fechadas, uma estufa de quarentena e o ripado.
A visita ao Orquidário é gratuita. O visitante só paga a entrada no Jardim Botânico.