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Jardim Botânico do Rio lança, neste sábado (22/5), a trilha das espécies ameaçadas de extinção no Dia Internacional da Biodiversidade
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro lança, neste sábado (22/5), Dia Internacional da Biodiversidade, a Trilha das Espécies Ameaçadas de Extinção. O Dia Internacional da Biodiversidade foi criado, em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o intuito de gerar conscientização na população a respeito da biodiversidade e sua preservação.
A trilha apresenta aos visitantes 17 espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, abordando a importância da conservação da biodiversidade e os seus principais fatores de risco. As 17 espécies, que integram a coleção do JBRJ, receberam sinalização por intermédio de placas, com QR-code, onde o visitante encontra informações adicionais. Poderão ser vistos exemplares de mogno, pau-brasil, braúna-preta, café-do-mato, maria-rosa, butiá (duas espécies distintas), pinheiro-do-Paraná, palmito-juçara, cedro-rosa, cedro-branco, castanha-do-Pará, ucuúba, guarajuba, jequitibá-rosa, cerejeira-da-Amazônia e jacarandá-caviúna.
Neste sábado, haverá visitas guiadas à trilha pelo coordenador das Coleções Vivas do JBRJ, pesquisador Marcus Nadruz, às 10h, 14h e 16h. Os interessados devem se inscrever pelo email do Centro de Visitantes do Jardim (cvis@jbrj.gov.br) ou pelos telefones 3874-1808 e 3874-1214. Devido às medidas de enfrentamento da pandemia da Covid-19, as visitas ao Jardim Botânico devem ser agendadas previamente pelo sistema agendamentovisita.jbrj.gov.br.
Jardim Botânico abriga mais de 300 espécies ameaçadas de extinção
No arboreto do Jardim Botânico do Rio existem mais de 300 indivíduos de espécies categorizadas como ameaçadas de extinção pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora)/JBRJ, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo sistema de critérios e categorias da União Internacional para Conservação da Natureza.
- A identificação da flora em categoria de ameaça tem papel fundamental na determinação das espécies que prioritariamente devem ser contempladas em conservação ex situ, ou seja, conservação da diversidade biológica fora do ambiente natural, como acontece em jardins botânicos, bem como em outras ações em prol da conservação, como, por exemplo, planos de ação de conservação territoriais e identificação de áreas prioritárias para conservação - afirma a coordenadora-geral do CNCFlora/JBRJ, Thaís Laque.
O roteiro da trilha foi elaborado em parceria pelo Educativo do Museu do Jardim e o CNCFlora/JBRJ, com base nas informações do Livro Vermelho da Flora do Brasil. A lista é a formalização da avaliação do estado de conservação da biodiversidade, e subsidia a definição e a adoção de políticas públicas de proteção legal à flora.
O Centro é referência nacional em geração, coordenação e difusão de informação sobre estado de conservação da flora brasileira. A avaliação do estado de conservação da flora é o primeiro passo para identificar e, consequentemente, vislumbrar ações de conservação de forma direcionada.
A localização, identificação e categorização das espécies ameaçadas contempladas no arboreto podem ser acessadas no aplicativo do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e no repositório de dados Jabot. No Jabot (jabot.jbrj.gov.br), sistema desenvolvido pelo JBRJ, há dados de aproximadamente 1,6 milhão de registros botânicos e suas imagens, além dos acervos dos herbários de 48 instituições brasileiras de pesquisa.
Para assistir ao vídeo da trilha, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=OcqfAufQGWU
Foto: Ana Huara
Vídeo: Federico Rossi