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Jardim Botânico do Rio ganhará ecovila cultural no espaço do Teatro
Teatro do Jardim Botânico - Foto: Felipe Rebouças
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro ganhará uma ecovila cultural destinada ao público infantojuvenil. O projeto será implantado pela Alegria Produções Artísticas, vencedora da licitação do Teatro do Jardim Botânico. A empresa será responsável pelo gerenciamento, operacionalização e execução das ações e serviços de cultura do espaço pelo prazo de até 10 anos. O contrato poderá ser prorrogado por sucessivos períodos de cinco anos, até o limite de 20 anos.
De acordo com o contrato de concessão onerosa, o novo administrador do teatro deverá investir em obras de reforma, adequação e decoração do espaço, que encontra-se fechado há mais de cinco anos. Inaugurado em 2008, o teatro recebeu peças teatrais, shows e espetáculos de dança, além de cerimônias de premiações artísticas, como o Prêmio Shell de teatro. O investimento inicial da empresa será de R$ 4,8 milhões para reforma e capacitação do espaço.
O público-alvo do projeto vencedor são crianças de até 12 anos. Espetáculos de teatro, oficinas criativas, ateliês, formação artística e recreação são as principais atividades da programação prevista. As atividades vão utilizar ferramentas para favorecer a ocupação dos espaços também por públicos de pessoas com deficiência, como presença de intérpretes de Libras nos espetáculos e narração para pessoas cegas ou com baixa visão. O acesso de públicos diversos à ecovila ainda prevê a criação de programas de formação de plateia, oferta de bolsas e a organização de visitas de pessoas de baixa renda.
De acordo com o diretor de Negócios e Marketing da Aventura, colab da Alegria Produções Artísticas, Luiz Calainho, o projeto é fruto da parceria com a Ri Happy, empresa brasileira do varejo de brinquedos. Segundo a presidente da Alegria, Aniela Jordan, o objetivo do projeto é criar um hub de arte, cultura, entretenimento, educação, compartilhamento e saber com uma matriz ESG (práticas voltadas ao meio ambiente).
“Tínhamos o sonho de oferecer conteúdo de alta excelência para famílias e crianças. Quando surgiu esta oportunidade, entendemos que era o momento certo para realizar este grande projeto, só faltava encontrar um parceiro. O caminho natural nos levou à Ri Happy, que tem o mesmo propósito. Assim, vamos criar a Ecovilla Ri Happy. Teremos oficinas de jardinagem, espaço para compartilhamento de brinquedos e leitura, e palco para espetáculos musicais, de teatro e shows. Será um lugar único, e dentro do Jardim Botânico, um dos mais importantes parques do mundo, com mais de 200 anos”, afirmou Calainho.
Já o CEO do Grupo Ri Happy, Ronaldo Pereira Junior, destacou que a ecovila será um espaço que unirá educação, diversão, entretenimento e arte. O projeto arquitetônico, segundo ele, pretende incorporar a Mata Atlântica ao espaço. “Queremos que a Ecovilla Ri Happy se torne um local de confraternização das famílias. Além disso, o projeto vai impulsionar ainda mais o Jardim Botânico como um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro e do Brasil”, disse Ronaldo Pereira Junior.
Para a presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Ana Lúcia Santoro, “é importantíssimo resgatar e devolver ao público um espaço de tanto potencial, no coração do nosso Corredor Cultural. Trabalhamos para garantir uma operação de sucesso e alinhada aos objetivos do Jardim. Esse foi um processo de licitação baseado em preço e técnica, que contou com uma comissão de avaliação composta por servidores de diferentes áreas do JBRJ, como arquitetura, educação ambiental e visitação. Estamos muito felizes e entusiasmados com o projeto”.
A ecovila deve começar as atividades no segundo semestre deste ano.