Jardim Botânico do Rio e Universidade Federal de Juiz de Fora assinam acordo de cooperação para criação de coleção de cactos

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) assinaram, em 11/4, acordo de cooperação para a execução do projeto “Criação de coleção de cactos e suculentas e capacitação da equipe do Jardim Botânico de Juiz de Fora”.

O acordo prevê o fornecimento de plantas e mudas, que atualmente encontram-se em quantidade excessiva de duplicatas no acervo da coleção de cactos e suculentas do Jardim Botânico do Rio, ao Jardim Botânico da UFJF. A transferência abrirá espaço para que novas plantas de espécies raras, endêmicas ou ameaçadas possam ser trazidas para cultivo e conservação no JBRJ. Plantas nativas do Brasil e exóticas serão utilizadas para a criação da nova coleção de cactos e suculentas em Juiz de Fora.

Com duração prevista de 12 meses, o projeto será realizado com recursos do Botanic Gardens Conservation International (BGCI), organização baseada na Inglaterra que promove atividades de conservação da flora e educação ambiental em jardins botânicos de mais de 100 países.

A coleção de cactos e suculentas do JBRJ data da primeira metade do século 20. Nos últimos anos, a coleção teve um aumento significativo de espécies e exemplares. Já o Jardim Botânico de Juiz de Fora, criado há pouco mais de 10 anos, está iniciando o desenvolvimento de suas coleções vivas.

Mudas e plantas, principalmente de Cactaceae, Euphorbiaceae e Asparagaceae, serão preparadas e transferidas para a UFJF. O trabalho será orientado pela equipe de pesquisadores da Curadoria de Coleções Vivas e da Curadoria da Coleção de Cactos e Suculentas do JBRJ. Uma equipe de profissionais do JB Juiz de Fora será capacitada pelo curador da Coleção de Cactos e Suculentas do JBRJ, Diego Gonzaga.

Segundo o curador de Coleções Vivas do Jardim Botânico do Rio, Marcus Nadruz, o JBRJ tem como uma de suas missões apoiar outros jardins botânicos brasileiros.

"Com esse projeto, será possível otimizar e diversificar a coleção ex situ (conservação fora do lugar de origem) de cactos e suculentas do Jardim Botânico do Rio e também contribuir para a criação e aprimoramento da coleção ex situ do JB Juiz de Fora – destaca o pesquisador.