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Jardim Botânico do Rio de Janeiro busca apoio de empresas para investir
O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, referência para o estudo e conservação da flora brasileira e um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, lança, nesta quinta-feira (6/5), seu primeiro marco regulatório de parcerias. Trata-se de um programa estruturado de parcerias e patrocínios para atrair empresas interessadas em associar suas marcas com novas atrações e melhorias nos serviços oferecidos pelo Jardim Botânico à sociedade.
As iniciativas vão de pesquisas científicas à criação e manutenção de espaços e programações culturais. Não haverá transferência de recursos financeiros para o JBRJ. Os projetos serão executados diretamente pelo patrocinador ou indiretamente, por meio de operadores contratados por ele, sob a supervisão do JBRJ. O marco estabelece competências, procedimentos e contrapartidas para a celebração e o acompanhamento das parcerias. De acordo com os valores aportados, foram criadas sete categorias de parceiros, indo do patrocinador master, a partir de R$ 5 milhões de investimentos, ao amigo do jardim, para valores de até R$ 150 mil. Para cada uma, haverá contrapartidas, como, por exemplo, a exposição da marca aos visitantes e a utilização de espaços do Jardim.
De acordo com a presidente do JBRJ, Ana Lúcia Santoro, a regulação das parcerias traz maior segurança jurídica e transparência para a continuidade dos apoios vigentes, além de criar oportunidades para mais pessoas jurídicas ou físicas interessadas em apoiar a instituição.
- Temos parceiros históricos, mas nunca houve uma regulamentação planejada de maneira estratégica para o funcionamento institucional do Jardim. Agora, vamos poder atingir valores mais robustos e, dessa forma, trabalhar com mais transparência e segurança jurídica para ampliar os apoios que são tão importantes para execução de melhorias e projetos. O parceiro terá a oportunidade de se associar à instituição, centenária, com credibilidade nacional e internacional, que tem importância ambiental, histórica e cultural. Temos um rol de possibilidades muito amplo. São projetos das mais diferentes áreas, desde a pesquisa, o estudo e a conservação da flora brasileira, passando pela área museológica, educação ambiental e a visitação turística - afirma a presidente do Jardim Botânico do Rio.
A Biblioteca Barbosa Rodrigues (referência na área da botânica, que abriga uma coleção de publicações raras), o Arboreto e a Casa Pacheco Leão são algumas áreas do JBRJ que podem ganhar parceiros.
- Um dos projetos é a modernização da Biblioteca Barbosa Rodrigues, que é tão rica em conteúdo mas carece de estrutura para que possamos combinar a excelência do conteúdo acadêmico com a excelência na transmissão de conhecimento. Está instalada em um prédio da década de 20 e não pode ser considerada uma biblioteca contemporânea, com todos os seus volumes digitalizados e disponibilizados em todas as ferramentas de mídia. Também temos um projeto de ampliação do Arboreto, que é a nossa coleção viva, um parque como as pessoas conhecem. Temos também projetos relacionados à cultura como a melhoria dos nossos monumentos, a Casa Pacheco Leão, por exemplo, tombada pelo Iphan, que está precisando de reforma, melhorias dos sítios arqueológicos, projetos de transmissão do conhecimento na área de educação ambiental e tantos outros - ressalta a presidente do Jardim Botânico.
Ana Lúcia Santoro ressalta, ainda, que muitos dos principais jardins botânicos do mundo já trabalham com esse modelo de gestão, como, por exemplo, o Kew Gardens, em Londres, considerado patrimônio mundial pela Unesco, que, assim como o do Rio, tem grande potencial turístico.
- O Jardim Botânico é um dos principais pontes turísticos do Rio de Janeiro, a capital turística do país. Temos esse reconhecimento por parte do grande público que nos visita. Também somos reconhecidos internacionalmente como um dos mais importantes institutos de pesquisa do mundo. Por isso, nos inspiramos na experiência do Kew Gardens, que possui perfil semelhante ao nosso. Com as futuras parcerias, o visitante pode esperar um serviço de melhorias, modernização e valorização do território do Jardim, com uma experiência única envolvendo conhecimento histórico, cultural e ambiental. Temos a preocupação de garantir o acesso amplo, irrestrito e democrático à instituição. O primeiro marco regulatório de parcerias, construído com rigor, estabelecendo crivos legais, éticos e morais, especialmente à causa ambiental, vai ser transformador para a instituição – concluiu.
O lançamento, apresentação e regulamento do programa serão feitos por meio do workshop Primeiro Marco Regulatório de Parcerias e Patrocínios do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, de forma remota, voltado ao público alvo da normativa, mediante inscrição prévia no link https://forms.gle/UgYodVzWBV3SEd9A9.