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Estudo no JBRJ indica a importância dos jardins botânicos tropicais no enfrentamento das mudanças climáticas
Para todos verem: foto aérea mostra copas das árvores no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro | Foto: Rafael da Silva Ribeiro
Um grupo de pesquisadores e especialistas de diferentes setores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro publicou, em 4 de outubro, um artigo que mostra o potencial dos jardins botânicos tropicais para a mitigação e adaptação de áreas urbanas às mudanças climáticas.
O estudo fez medições, entre abril de 2021 e setembro de 2022, para quantificar os estoques de biomassa e carbono acima do solo (AGB e AGC, respectivamente) em árvores no arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, chegando a uma estimativa total de 4.024 toneladas de carbono acima do solo. A descoberta é de que a densidade de biomassa e carbono, armazenada por unidade de área no JBRJ, é apenas um pouco menor do que a densidade armazenada nos principais complexos florestais do Brasil, as florestas Atlântica e Amazônica, mas muito maior do que em muitas cidades do mundo.
"Nossos resultados sugerem que, além de sua importância global para a conservação de plantas, os jardins botânicos tropicais poderiam funcionar como sumidouros de carbono significativos dentro da matriz urbana", escrevem os autores.
O artigo foi publicado no periódico Journal of Zoological and Botanical Gardens e está disponível on-line.