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Capivaras Sassá e DeBoas terão novo lar
Com finalidade muito bem definida, a missão do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) é a Conservação da Flora. Essa é a Missão maior de todo Jardim Botânico e a tarefa diária, nossa rotina e trabalho.
Há algum tempo, duas capivaras começaram a frequentar o JBRJ, consumindo, principalmente, gramíneas e a forração. As duas foram apelidadas de Sassá e DeBoas, tornando-se atração no fim da tarde, quando, languidamente, se banhavam no Lago Frei Leandro.
Porém, com o passar do tempo, os animais passaram a consumir e atacar importantes espécimes da coleção botânica, consumindo diversas plantas raras e em extinção, ameaçando a integridade da coleção.
Sassá e DeBoas não representam qualquer perigo ao público, a que se acostumaram, permitindo até uma certa aproximação de pessoas curiosas e encantadas com elas. No entanto, o JBRJ não é o local adequado para a permanência desses grandes roedores, que prejudicam a conservação da Coleção Botânica. Como animais silvestres que são, estão absolutamente protegidas pela lei e pelo grande amor da instituição e de todos que aqui trabalham. Desta forma, buscando o melhor para a nossa coleção e para as capivaras, a Coordenação de Conservação de Área verde, através do seu Núcleo de Conservação da Fauna foi acionada para que uma solução pudesse ser encontrada.
As duas capivaras serão capturadas, conforme processo número 02022.004834/2018-07, autorização número 85/2018-nubio-rj/ditec-rj/supes-rj. Todo o manejo está sendo realizado por equipe de biólogos e veterinários especializados em animais selvagens, segundo as normas de bem estar animal, bem como técnicas previamente testadas e disponíveis na literatura especializada. Após a captura, que será acompanhada por veterinário especialista em fauna selvagem e pela equipe de Fauna do JBRJ, as capivaras serão levadas para o CENTRO DE RECUPERAÇÃO DE ANIMAIS SELVAGENS, para exames clínicos e laboratoriais. Uma das capivaras, a Sassá, apresenta ferimento antigo, consolidado na pata dianteira direita, com discreta claudicância, necessitando de exames radiológicos específicos para tratamento adequado.
Seu destino final será o Bosque da Freguesia, em Jacarepaguá, onde encontrarão espaço adaptado especificamente para seu conforto e poderão continuar encantando crianças e adultos com seus banhos preguiçosos e sua simpática placidez. E, quem sabe, com muitos filhotinhos para formar um grupo novo de capivaras.