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Inovação digital trará acessibilidade e interatividade ao Jardim Botânico
Parceria firmada entre o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Fundação Banco do Brasil, o Banco do Brasil e a Associação de Amigos do Jardim Botânico visa utilizar tecnologia digital para promover educação ambiental, ampliar a experiência dos visitantes e possibilitar a compra de ingressos com cartão de débito.
Os representantes das instituições envolvidas assinaram a parceria em evento realizado na manhã desta quinta-feira, 21 de dezembro, no Museu do Meio Ambiente, com a presença do secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Cruz, representando o ministro Sarney Filho.
Carlos Netto (BB), Marcelo Cruz (MMA), Sergio Besserman Vianna (JBRJ), Asclépio "Pepe" Soares (Fundação BB) e Ricardo Coelho (AAJB)
O projeto prevê, entre outras coisas, o desenvolvimento de um aplicativo, com passeios por trilhas virtuais interativas, realidade aumentada, geolocalização dos principais pontos, game educativo e a ampliação da rede Wi-fi gratuita para acesso aos visitantes.
Também será possível comprar ingressos para o Jardim por meio de cartão de débito. O secretário-executivo do MMA, Marcelo Cruz, destacou que esse projeto é pioneiro, pois será o primeiro case de pagamento de serviço público com cartão de débito no Brasil, e revelou o desejo de que, ainda em 2018, torne-se possível também o pagamento com cartão de crédito.
Para os alunos da rede pública de ensino, além das visitas presenciais, serão oferecidos passeios virtuais, com óculos de realidade aumentada. O projeto traz ainda maior acessibilidade aos visitantes por meio da reativação dos carrinhos elétricos para o transporte de pessoas com dificuldades de locomoção, com guias bilíngues.
O presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Sergio Besserman Vianna agradeceu a todos os que tornaram a parceria possível, e destacou o empenho de Marcelo Cruz, que também é conselheiro da Fundação Banco do Brasil, para a concretização de um sonho antigo do Jardim Botânico.
Besserman vê a visitação, seja presencial ou por meio de novas tecnologias, como uma oportunidade para disseminar o conhecimento produzido pelo JBRJ. A sociedade brasileira tem demanda por conhecimento. E o Jardim quer dar acesso ao conhecimento que diz respeito a um enorme desafio do país, que é a restauração florestal com biodiversidade, a restauração ecológica, afirmou.
Antes da cerimônia de assinatura do acordo, foi inaugurado, ao lado do Museu do Meio Ambiente, o espaço Banco que Inspira, com cinco bancos gravados com frases escolhidas pelo projeto Inspira BB. Uma das frases A educação salva, o preconceito mata é da professora Diva Guimarães, de 78 anos.
Convidada para falar no evento, Diva emocionou os presentes com seu depoimento. Vivi todos esses anos tendo que provar que eu tinha capacidade, mesmo na escola, por causa da cor da minha pele, contou ela. Sou grata por estar aqui desfrutando deste momento que eu não esperava. O racismo mata, no fundo, na alma. Mas a educação salva. É nisso que temos que acreditar, concluiu.
A professora Diva Guimarães
Sobre a parceria, o diretor de Estratégia de Marca do Banco do Brasil, Carlos Netto, falou sobre a consciência da instituição com relação ao espaço que ocupa na sociedade e à necessidade de que as ações tenham lastro na realidade. Sabemos o quanto o Jardim Botânico é valioso, não só para o Rio de Janeiro, mas para o Brasil. E é isso que dá consistência a nosso propósito.
Segundo o presidente da Fundação Banco do Brasil, Asclépio Soares, o Pepe, a educação e o meio ambiente serão os dois focos da entidade em 2018, daí o desejo de que o importante patrimônio cultural representado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro chegue também às escolas e às pessoas que não podem visitá-lo presencialmente. Lembrando a frase de Diva, ele completou: A educação nos salva da opressão, mas a educação ambiental e sustentável vai salvar o mundo.
A iniciativa está alinhada com o esforço do Banco do Brasil e entidades ligadas, em contribuir para a inclusão e transformação digital da sociedade brasileira, e terá o investimento total de R$ 3,4 milhões.
O ator Eduardo Wotzik abriu o evento interpretando o texto "Ato gratuito" de Clarice Lispector e encerrou com um poema de Garcia Lorca