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Jardim Botânico reforça medidas para uso de sopradores de folhas
Após receber reclamações dos visitantes em relação à utilização de sopradores de folhas na conservação de seu arboreto, consolidadas em uma petição encaminhada a 7 órgãos, entre eles o Jardim, a instituição passa a adotar medidas referentes às principais reclamações: o ruído excessivo e a poeira expelida pelo equipamento.
Outro ponto criticado diz respeito aos gases provenientes da queima de combustíveis. O Jardim reconhece que, sob pontos de vista social e ambiental, a não utilização de equipamentos motorizados é bem melhor, gerando empregos e reduzindo os impactos.
No entanto, limitações orçamentárias para a contratação de maior número de funcionários e a necessidade de conservar uma extensa área tornam imprescindível que o Jardim mecanize algumas operações para propiciar maior rendimento e reduzir a exposição de funcionários às condições inseguras e insalubres de certas atividades.
Com aproximadamente 54 hectares destinados ao cultivo de espécies de interesse botânico e histórico, o jardim possui áreas gramadas que, além de transmitirem boa aparência estética, favorecem o acesso dos visitantes às plantas cultivadas, permitindo maior interação. Esses espaços exigem uma série de cuidados na sua conservação, tais como a poda, o corte de grama, a limpeza, a adubação, a rega e o controle de pragas e de doenças.
A limpeza do gramado é necessária após grandes quedas de folhas principalmente do outono e após as atividades do corte. O soprador é usado para retirar o excesso de folhas e também para o remanescente da grama após ser aparada, que impedem a incidência solar e criam um ambiente propício para o surgimento de pragas e doenças
Com o objetivo de reduzir o número de reclamações, a coordenação do JBRJ está reforçando junto aos operadores procedimentos que evitem os transtornos mais indesejados quanto ao uso do soprador: barulho e emissão de poeira.
Cabe ressaltar que, no Brasil, não existe legislação específica sobre a utilização de sopradores de folha.
O Jardim continua buscando alternativas menos impactantes, como o uso de equipamentos a bateria de íon de Lítio com impactos quase inexistentes. A instituição, no entanto, depende de avanços tecnológicos já observados em outros países mas que ainda não estão disponíveis no Brasil.
Na medida em que for possível a contratação de mão de obra em quantidade suficiente para as diversas operações de conservação exigidas no Arboreto, o uso de sopradores de folhas, assim como o de outros equipamentos será revisto pela Coordenação.
Veja a Nota Técnica do JBRJ na íntegra