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Jardim Botânico inicia revitalização da área Região Amazônica
Em março, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro iniciou as obras de revitalização da área da Região Amazônica, incluindo o lago, a reconstrução da cabana e o restauro da estátua do pescador. A área, um espaço de grande relevância histórica, possui uma das maiores coleções vivas dentro do arboreto. Atualmente, encontra-se em estado precário e descaracterizada do original por conta da ação do tempo e assoreamento do lago, demandando intervenções. A recuperação prevê ainda a construção de deckes nas margens do lago e passarelas no meio da Região e da ilhota da cabana para que o visitante se aproprie mais da área, sem descaracterizar a paisagem.
A revitalização da Região Amazônica, um projeto que tem parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), vai envolver todas as áreas do Jardim Botânico, paisagistas, botânicos, historiadores, equipe de manutenção e obras e de fitossanitaristas , manejo arbóreo, fotógrafo,coleções vivas, bibliotecários e especialista em solo, além das empresas contratadas. O projeto visa entregar aos quase um milhão de visitantes anuais do Jardim, um espaço totalmente renovado, que permitirá ao público reconhecer e desfrutar deste tão importante bioma.
A Região será reinaugurada em comemoração ao aniversário de 209 do Jardim, em junho de 2016.
Revitalização paisagística:
A Região Amazônica do Jardim Botânico possui árvores monumentais e leguminosas introduzidas pelo naturalista Adolpho Ducke (1876-1959) após inúmeras viagens à Amazônia (1919 a 1928). Ducke foi chefe da seção de botânica do Jardim Botânico.
A equipe de paisagistas do Jardim Botânico está fazendo um levantamento detalhado das espécies que hoje compõem a área, pois dentre elas alguma não fazem parte da coleção originária da Região Amazônica. Todo o manejo arbóreo, ou seja, a poda, replantio e retirada de árvores mortas do local, é realizado de maneira a garantir a conservação preventiva das plantas e raízes. A proposta de intervenção paisagística tem duas linhas de atuação: manejo, para melhorar a leitura do local, e recuperação dos canteiros e bordaduras da ilha no entorno do lago.
Revitalização histórica e de restauro:
Além do restauro da estátua do pescador, a ilha receberá uma ponte que dará acesso à cabana, inclusive com acessibilidade para deficientes. A cabana está passando por restauro que atende aos princípios de autenticidade, técnicas e materiais construtivos originais da década de 30. No espaço, utensílios típicos ribeirinhos amazonenses poderão ser observados pelo visitante. Com intuito de integrar educação ambiental ao projeto, especialistas estão preparando material didático sobre recursos hídricos que ficarão disponíveis no interior do espaço, de modo a proporcionar ao visitante uma experiência histórica, cultural e ambiental da região.
As equipes de botânicos, historiadores, paisagistas e restauradores estão trabalhando para entregar uma Região Amazônica estruturada de maneira a garantir uma visitação com mais qualidade e conhecimento do espaço dentro deste patrimônio histórico, cultural e científico que é o Jardim Botânico.