Geral
JANTAR BRANCO NO JARDIM
Na segunda, dia 19 de outubro, o Jardim Botânico recebeu cerca de 300 convidados para um jantar no seu corredor cultural.
Os participantes chegaram no Jardim vestidos de branco, levando suas louças e talheres. Quando todos estavam com seus jantares (que encomendaram ou trouxeram de casa) postos a mesa, acenaram com os guardanapos brancos, sinalizando o início do evento. Ao final, os participantes recolheram todo o seu lixo, em uma atitude de respeito ao meio ambiente.
O Jantar Branco no Jardim foi inspirado no Dîner en Blanc,?que aconteceu em Paris pela primeira vez há 27 anos e, hoje, já acontece em mais de 40 cidades do mundo, sempre em locais públicos. E m junho deste ano, foi realizado um Jantar Branco na praça Tibúrcio, na Urca, promovido pela Associação de Moradores Alto Humaitá.
A renda do Jantar Branco no Jardim, arrecadada pela Associação dos Amigos do Jardim Botânico com a taxa de adesão (100 reais), foi destinada aos projetos sociais da instituição: Centro de Responsabilidade Socioambiental e Programa de Equidade de Gênero.
Participaram do Jantar Branco no Jardim pessoas de diferentes áreas. Do mundo da gastronomia, contamos com as presenças do chef Claude Troisgros, da chef Ana Florião e de Luiza Aquim, da Aquim Gastronomia. Entre as autoridades presentes, estavam o deputado estadual Carlos Minc, ex ministro do Meio Ambiente; Francisco Gaetani, secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente; Silvania Gonsalves, superintendente do Ibama; Ana Rocha, secretária municipal de Políticas para Mulheres e a presidente do Jardim Botânico, Samyra Crespo.Também aderiram ao Jantar Branco os ambientalistas Emílio La Rovere e Suzana Kahn, professores da COPPE/UFRJ; Celina Carpi, presidente do Conselho do Instituto Ethos e a ex deputada Aspásia Camargo. Entre os apoiadores do Jardim Botânico estavam presentes Vania Somavilla e Gleusa Jesué, diretoras da Vale; Adriana Pinto, presidente do Instituto Masan, Antonio Aranha e Zuleica Torrealba.
Confira a galeria de fotos do evento aqui .
CENTRO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Em 1989, foi criado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro o Centro de Responsabilidade Socioambiental, que já beneficiou mais de 3 mil jovens de 16 a 18 anos.
Os projetos do CRS estão fundamentados nos preceitos de participação, dinamismo e multidisciplinaridade e têm como base os quatro pilares da educação lançados pela Unesco: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a aprender.
OS PROJETOS
Pró-Florescer Cursos de jardinagem, monitoramento ambiental e auxiliar administrativo, que visam contribuir para o resgate dos vínculos sociais e o fortalecimento da cidadania de jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Projeto Fórum Socioambiental: Protagonismo Juvenil - Leva aos jovens ensinamentos técnico, econômico, ambiental e social, potencializando seu protagonismo como agentes sociais.
Projeto Recuperação da Mata Cilar do Rio dos Macacos
Capacita jovens das comunidades Horto e Grotão para a recuperação de áreas degradadas ao longo do Rio dos Macacos, multiplicando práticas de conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida.
Jardim Sensorial
Projeto de educação inclusiva, em um espaço que propicia o estímulo sensorial e motor, através da interação com plantas de diferentes texturas e aromas.
Pesquisa realizada em 2014, revelou que quase a totalidade dos jovens que ingressam nos cursos do Centro de Responsabilidade Socioambiental concluem a formação.
PROGRAMA DE EQUIDADE DE GÊNERO
Ao longo da historia do Jardim Botânico, algumas mulheres desenvolveram pesquisas no campo das ciências. Atuando entre os inúmeros homens cientistas, suas trajetórias se mantiveram ocultas ou com pouca visibilidade, como a botânica Maria Bandeira, revelada em pesquisas recentes.
Quase 30 após a Constituição Federal de 1988 ter equiparado direitos dos homens e das mulheres, os desafios ainda são muitos.
As brasileiras, além de receberem menos que os homens para realizar a mesma função, são as maiores vítimas de assédio moral e sexual no ambiente trabalho. E, apesar da Lei Maria da Penha ter criado mecanismos legais para coibir a violência doméstica contra a mulher, estima-se que, a cada ano, 2 milhões de brasileiras são vitimas desta grave vilolação dos direitos humanos.
Criado em 2013, o Programa de Equidade de Gênero do Jardim Botânico está combatendo todas as formas de discriminação de gênero na instituição e promovendo ações que visam o fortalecimento da mulher na luta pelos seus direitos, tanto na esfera profissional quanto privada.
Realizações do Programa de Gênero
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Ampliação de 62% na contratação de mulheres nos setores de vigilância, jardinagem e operadoras de caixa
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Oficinas com os temas direitos humanos, igualdade de gênero e empoderamento feminino.
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Dinâmicas para promover a troca de experiências e o fortalecimento da autoestima
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Cursos sobre inclusão econônica, direitos das mulheres, políticas afirmativas, democracia e os canais de apoio à mulher vítimas de violência.
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Criação da Semana da Mulher no Jardim Botânico, com realização de seminários sobre questões relacionadas a gênero e sobre o legado das mulheres cientistas do Jardim Botânico, tirando-as da invisibilidade para o conjunto da instituição.
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Paricipação na campanha Outubro Rosa, com exposição e palestra sobre prevenção do câncer de mama na Semana dos Servidores, além da iluminação rosa do Museu do Meio Ambiente durante todo o mês.